Na semana passada o Rodrigo Saraiva publicou na sua página do Facebook mais um post do Imagens de Campanha. Era, desta vez, um cartaz de um candidato a um concelho que não é o meu, mas que conheço muito bem.
No post do Rodrigo comentei que até me custava a acreditar naquele candidato do PSD. Que aquilo comprovava que a política está populada de gente “menor” e que foi tomada de assalto pelos profissionais da política.
Ora acontece que o próprio – o candidato – viu o meu comentário. E vai daí, através de mensagem privada no Facebook veio, como se diz em bom português, “tirar de esforço” (pedir explicações).
Diga-se que o fez muito respeitosamente. Outra coisa não seria de espera por quem, como eu, se dá ao respeito e portanto deve ser respeitado. Tratou-me até por “Sr. Eng.” Luís Melo, esse hábito tão português usado na política.
Mostrou o seu desagrado e a sua indignação. Disse que o comentário tinha sido profundamente deselegante da minha parte. Perguntou-me o porquê. E em tom paternalista, deixou-me um conselho “para a vida”.
Não posso dizer ao certo qual era o objectivo desta abordagem, mas conhecendo esta gente como conheço, creio que era uma tentativa de me intimidar ou inibir. Está no seu DNA político. Aprendem desde novos na máquina partidária.
Veio bater à porta errada. Não sou mais um militante “carneiro” do PSD. Muito menos um português do políticamente correcto. Sou um homem livre. Tenho o mau hábito de pensar pela minha cabeça e dizer aquilo que penso. No matter what.
O meu carácter, a minha personalidade, a minha educação, os valores e princípios que me foram passados obrigam-me a ser frontal, sincero e coerente. Obrigam-me a dizer o que penso, assumindo as responsabilidades e consequências.
Mas esta abordagem da parte do tal candidato veio em boa hora. Foi uma boa oportunidade para lhe dizer directamente, sem rodeios nem meias palavras, tudo aquilo que penso dele e daqueles que, como ele, vivem da política.
Numa mensagem muito longa, expliquei-lhe o porquê do meu comentário, e as razões pelas quais eu achava que ele não tem qualquer capacidade, competência ou qualidade para ser Presidente de uma Câmara.
Principalmente numa altura tão difícil para o país e em que se pedem exigência e rigor máximos, bom como uma mudança profunda na forma de fazer política e de estar na política.
Aproveitei também para o criticar e censurar a propósito da maneira como tem levado a sua vida política e profissional (intimamente ligadas). E atribui-lhe parte das culpas pelo estado do país (juntamente com muitos outros).
Finalmente, disse que compreendia que ele estivesse desagradado com o meu comentário e aceitava que o adjectivasse de “deselegante”. Na verdade, já não é o primeiro que, em política, se queixa da minha forma de fazer e dizer as coisas.
Na verdade o comentário não foi simpático. Mas, tal como lhe disse a ele, não ando aqui para ser simpático com ninguém. Muito menos com aqueles que usam a política, e o meu partido, para se servir ao invés de servir os portugueses. O meu dever cívico e a minha consciência assim o obrigam.
Até agora, não obtive qualquer (contra) resposta.
Não se percebe muito bem o alcance do artigo.. Será que diz respeito à candidatura à Figueira da Foz e a Miguel Almeida?
Será possível uma clarificação?
É. Isso mesmo.
Compreendido!!.. Deve ser mais um dos profissionais coveiros para esquecer..