PSD Santo Tirso e o “Tiro ao Zé Pedro Miranda”

A poeira das eleições Autárquicas 2013 assentou. E as memórias (sempre curtas e selectivas) já se apagaram – ou pelo menos assim pensam os dirigentes do PSD Santo Tirso.

Dessa forma, e tal como eu tinha previsto, está na hora de o PSD Santo Tirso começar a tratar das eleições internas, que aliás já deviam ter tido lugar há muito tempo.

Claro que, como previsto, os responsáveis pela desgraça do partido nos últimos anos e nas últimas eleições se apresentam novamente, sem qualquer tipo de pudor.

Tal como escrevi, quem se afigura para assumir a presidência é Andreia Neto. Que apesar de continuar deputada em Lisboa, já arranjou afinal tempo para a concelhia.

Com Andreia Neto devem continuar os mesmos do costume: Alírio Canceles, José Manuel Machado, Manuel Mirra, Rui Baptista, e outros que tais. Sem qualquer pejo.

Mas e se aparecesse outra candidatura? Será que aquela comandita corria o risco de ser afastada? Éh lá… eles não podem correr esse risco. A política é o pão nosso.

Vai daí, e antes que alguém se lembre de apresentar candidatura, toca a atacar os eventuais concorrentes. Quem poderia ser? Logo à cabeça, Zé Pedro Miranda.

No jornal Notícias de Santo Tirso, o PSD pela mão de Alírio Canceles, faz publicar uma carta aos militantes com a única intenção de atacar, pessoalmente, Zé Pedro Miranda.

Acusa-o de ter tido todo “o tempo, as condições e o apoio incondicional do PSD de Santo Tirso” bem como de “liberdade total para escolher a equipa com quem pretendia trabalhar”.

E diz também que apesar disso, e de a “freguesia de Santo Tirso ter o dobro dos eleitores das restantes” freguesias da união, Zé Pedro Miranda perdeu as eleições.

Ou seja, com uma subtileza muito pouco subtil, tenta insinuar que Zé Pedro Miranda perdeu as eleições por pura incapacidade pessoal, já que tudo o resto estava lá.

Mais à frente acusa Zé Pedro Miranda de querer ser um “militante de primeira” apenas por este ter dito que não teria de gostado de saber da candidatura de Alírio pelos jornais.

O pé na cabeça vem ainda mais declarado no último parágrafo “O PSD não ganhou a câmara e perdeu a sua principal junta de freguesia. O PS manteve a câmara e recuperou a junta de Santo Tirso. Isto é que fica para a história!

Já hoje foi a vez de Carlos Pacheco. Ele que, como também já aqui escrevi, tem vindo a tentar demarcar-se da actual Comissão Política para arranjar espaço para se candidatar.

Claro que Zé Pedro Miranda seria um grande entrave à sua estratégia, pelo que também convém navegar esta onda e atacar o mítico, querido e respeitado militante do PSD.

Vai daí, como quem não quer a coisa, escreveu no Facebook a dar os parabéns ao “amigo Jorge Gomes” dizendo que “É de gente trabalhadora que o nosso concelho precisa”.

E aproveita para dar outra tacada em Zé Pedro Miranda: “Admito que ao ver os resultados eleitorais fiquei surpreendido, no entanto, depois de acompanhar o trabalho do Jorge nos últimos meses, aliado ao que li na entrevista do candidato derrotado do PSD, facilmente percebi o referido resultado!”.

Faltam-me adjectivos para qualificar esta súcia que dirige o PSD Santo Tirso. É uma gente sem vergonha, sem moral e sem valores. Vil, infame e egoísta.

Até há bem pouco tempo, quando Zé Pedro Miranda era presidente da maior Junta de Freguesia do concelho, e um dos militantes mais considerados, eram todos amigos e sorrisos.

Agora que perdeu as eleições (quanto a mim, não só mas também por ter escolhido andar ao lado desta gente) já lhe cospe em cima, com medo que ele apareça a tirar-lhes o lugar.

PSD Santo Tirso: Tempo até têm, Vergonha é que não

Em Setembro de 2013, e a propósito do desastre que seria o resultado do PSD Santo Tirso nas eleições autárquicas, eu escrevia: “E desenganem-se também aqueles que pensam que em breve isto vai mudar. Que vai aparecer o messias (ex. José Pedro Miranda). Vem aí mais do mesmo“.

Mais uma vez, infelizmente, acertei em cheio. Soube hoje que Andreia Neto se prepara para ser a próxima Presidente do PSD Santo Tirso.

A história recente dos líderes do PSD Santo Tirso é muito curiosa… Ora assumes tu. Ora assumo eu. Ora eu não tenho tempo. Ora afinal já tenho. Vejamos…

Alírio Canceles faz dois mandatos, 2006-2008 e 2008-2010. Com a limitação de 3 mandatos consecutivos imposta pelos Estatutos, se Alírio fizesse um terceiro 2010-2012 não poderia ser presidente aquando da decisão dos candidatos autárquicos 2013.

Vai daí invoca “razões pessoais” e sai. Porque dizia, coitado, sentir que precisava de dedicar mais tempo à família.

Andreia Neto aparece então para assumir (sim porque esta gente não se candidata, assume!) a presidência entre 2010-2012, tendo Alírio Canceles como vogal da Comissão Política a fazer todo o trabalho por trás.

O próprio assume em email enviado aos militantes “nos últimos 6 meses, eu próprio, acabei por fazer a gestão do dia-a-dia da CP” (afinal o tempo para dedicar à família já não era assim tão importante).

Em Janeiro 2012, quando se esperava que continuasse como Presidente com uma vontade e força renovadas por ter sido eleita deputada à AR nas Legislativas 2011, Andreia Neto invoca as “novas funções de deputada” e sai.

Porque “pelo facto de estar em Lisboa durante a semana” não poderia “assegurar a condução dos destinos do PSD de Santo Tirso“.

Nesta altura já Alírio Canceles tinha dedicado tempo demais à família, e sentia-se novamente com disponibilidade para o PSD Santo Tirso. Vai daí avança de novo e assume a presidência (lembrem-se que esta gente não se candidata, assume!)

Em email enviado aos militantes a 17 Janeiro 2012 escreveu “Entendi voltar a assumir responsabilidades na liderança do PSD de Santo Tirso“.

Com Andreia Neto como cúmplice auto-nomeia-se candidato à CMST e sai copiosamente derrotado.

Fazem de conta que nada se passou. Deixam assentar a poeira. Sim, porque em política a memória é curta (ou selectiva). Voltam à carga.

Estamos em Janeiro 2014 e Andreia Neto, que continua a ser deputada em Lisboa, já se sente capaz e com tempo de assegurar a condução dos destinos do PSD de Santo Tirso.

Vai daí, e ao que parece, vai voltar a assumir (lembrem-se que esta gente não se candidata, assume!) a presidência. Provavelmente Alírio recuará para vogal outra vez.

Esta gente ora tem tempo, ora não tem. Ora tem disponibilidade, ora não tem. Ora assume, ora não assume. Mas há uma coisa que eles não têm nunca, é falta de vergonha na cara.

Mas a culpa não é só deles. É também… a) dos militantes que se desinteressam; b) dos militantes que compactuam (ao que parece o “dinossauro” Gonçalves Afonso prepara-se para ser Presidente do Plenário).

Culpados: Passos Coelho, Carlos Valente… e Eu

Por razões óbvias não pude estar presente no plenário do PSD Santo Tirso que decorreu na semana passada, e no qual se pretendia discutir o resultado das eleições Autárquicas 2013. Ao que sei, foi um plenário animado e até divertido. Com muita emoção e até murros na mesa.

Já aqui tive a oportunidade de dar a minha opinião sobre o resultado, as suas causas e as suas consequências. Escuso-me portanto a repetir. Está tudo escrito e bem explícito neste post e neste também. Estava curioso por saber o que tinha a comissão política a dizer.

Ao que parece, e segundo o próprio presidente – e candidato copiosamente derrotado à Câmara – a derrota tem duas dimensões. A primeira prende-se com o estado do país e a governação de Passos Coelho. A segunda está ligada a um grupo de militantes detractores.

Quanto à primeira, dizer o seguinte. O estado do país e a governação de Passos Coelho são uma desculpa esfarrapada, fácil e recorrente. Pergunto: se ela é assim tão válida, como conseguiu o PSD vencer na Trofa? E em Braga? (Para citar apenas dois concelhos aqui tão perto).

Quanto à segunda, quero começar por dizer o seguinte. Por entre afirmações e acusações mais ou menos claras, e apresentações com print screens tirados das redes sociais, Alírio Canceles culpou, entre outros, Carlos Valente e eu próprio pela pesada derrota.

Não sou advogado de Carlos Valente, mas apraz-me relembrar que além de ter sido um excelente presidente de Junta de Vila das Aves – onde deu várias vitórias ao PSD – foi também ele o motor e mentor da vitória de Elisabete Faria e do PSD nestas eleições.

Carlos Valente é um dos mais destacados militantes do PSD Santo Tirso e já fez mais pelo partido do que todos os elementos da Comissão Política juntos. Além do mais, muito antes da auto-nomeação de Alírio, tentou a bem levar a que a Comissão Política escolhesse o melhor candidato e estratégia.

Quanto a mim, apenas dizer: objectivo cumprido. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para que Alírio Canceles não vencesse as eleições. O facto de ele concorrer pelo PSD foi uma infeliz coincidência que não me fez desviar um milímetro dos meus valores e princípios.

Primeiro Santo Tirso, depois o partido. Era esse o lema de Sá Carneiro, que tantos gostam de citar (e pelos vistos mal, como parece que foi o caso da deputada Andreia Neto, prontamente corrigida por Gonçalves Afonso) mas que muito poucos sabem quem era e no que acreditava.

Sinceramente não sabia que a minha pessoa era assim tão importante e influenciadora para merecer tal destaque: ser considerado pela Comissão Política como um dos maiores culpados pela derrota. Estou convencido que não sou merecedor de tal título. Sou apenas mais um bode expiatório.

Agora venha de lá esse processo disciplinar. Essa proposta de expulsão. Essa queixa ao Conselho de Jurisdição. Será muito divertido ser “julgado” por Manuel Mirra e seus pares. Sim, porque ele faz orgulhosamente parte desse orgão distrital, como muitas vezes faz questão de sublinhar.

De resto, anotar também a falta de dignidade de Alírio Canceles e da restante Comissão Política. Não se demitem. Outros, por esse país fora, com derrotas bem menos pesadas, demitiram-se e convocaram eleições. Naturalmente. Em Santo Tirso assobia-se para o lado.

Pior, em tom de quase ameaça, Alírio Canceles ainda tornou implícito que poderia ser candidato novamente em 2017. É preciso não ter noção nenhuma da realidade, ter muita falta de dignidade, e ser muito autista, para depois do que se passou, ainda ter o descaramento de dizer isto.

Sacudiu a água do capote, atirou as culpas para cima de uns quantos bodes expiatórios, e depois disse “sou o responsável máximo”. Não porque saiba – como facilmente se comprova – o significado desta afirmação, mas porque é o que vem nos manuais do político profissional.

Carlos Pacheco, ciente da derrota, demitiu-se. Uma atitude bem mais digna. Apesar de, a meu ver, ser também ela calculista, tendo em vista a demarcação desta direcção, no sentido de se candidatar à presidência do PSD assim que haja eleições (como se também ele não fosse responsável).

Cabe agora aos militantes – aos que pagam as quotas ou que vão pagar o que têm em atraso; aos mais activos ou menos activos que agora querem definitivamente fazer parte da vida interna do partido e participar na decisão – reflectir e escolher o que querem num futuro próximo.

#Autárquicas2013 Um dinossauro que não deixará saudades

Recebi no meu email mais uma comunicação do GAP (Gabinete de Apoio Pessoal) da CMST. Nunca percebi para que servia, quem servia ou porque me envia vários emails por semana. Sempre me pareceu mais uma ferramenta de auto-promoção e campanha permanente do actual executivo da CMST, a juntar às dezenas de SMS por mês que também recebo.

Desta vez era uma carta. Uma espécie de carta de despedida do ainda Presidente da CMST, Castro Fernandes, dirigida aos munícipes. Uma carta muito pobre. Na forma, no conteúdo, no tom. Nem de saída Castro Fernandes conseguiu encontrar uma réstia de hombridade e, ao menos tentar encenar uma saída pela porta grande. Sai pela pequena, ao seu estilo.

Ignorando os números galopantes do Desemprego (num concelho recordista), a perda de Serviços Públicos (Urgência, Maternidade, EDP…), a fuga de Tirsenses para concelhos vizinhos ou as condições miseráveis (dignas do séc XIX) em que ainda se vive em alguns locais do concelho, Castro Fernandes escreve que nos últimos anos “a qualidade de vida aumentou significativamente em todo o território municipal“.

Para piorar esta afirmação, Castro Fernandes diz que isso aconteceu devido à modernização e rejuvenescimento da CMST. Como se o concelho e as suas pessoas, as empresas e os seus trabalhadores, as instituições e os seus representantes, girassem todos à volta da CMST e fizessem a sua vida e o seu percurso sob a batuta de quem lidera a CMST. Como se a sociedade civil Tirsense não fosse capaz de se desenvolver por si.

Completando uma carta demagógica, irrealista e muito pouco nobre – diria mesmo sórdida – Castro Fernandes despede-se numa explosão de desonestidade intelectual, culpando o actual Governo pelas medidas impopulares ou menos boas que tomou. Esquecendo que o actual Governo tem 2 anos e que ele esteve 30 anos na CMST, 13 dos quais como Presidente.

Tal como os demais políticos da nossa praça, Castro Fernandes diz sair de “consciência tranquila” porque fez “tudo o que podia” pelo concelho, qual mártir! Sendo consciência a faculdade da razão julgar os próprios actos, Castro Fernandes é mais um que sofre do efeito de Dunning-Kruger. E se o que está à vista foi o seu máximo em 30 anos, então está provada a sua incompetência.

#Autarquicas2013 Os cúmplices de Alírio

Alírio Canceles levou o PSD Santo Tirso à sua maior derrota de sempre. Algo que não pode surpreender dada a sua incapacidade e incompetência políticas, o seu amadorismo, e a sua insuficiência de carácter. Tudo, aliado a um projecto de Poder pelo Poder (sem um programa estruturado, credível ou realista) focado na conquista dos lugares e não nos Tirsenses e no concelho.

Um plano traçado há 4 anos (logo após a segunda derrota de João Abreu e consequente abandono do lugar de vereação, que deixou Alírio como “líder da oposição”) que eu aqui vezes sem conta denunciei, não só por prever este desfecho, mas também porque ele previa o assalto ao partido, atropelando regulamentos, estatutos e militantes, bem como os mais elementares valores de ética e moral.

Este plano, de 4 anos e com tantas etapas, não foi naturalmente obra de um homem só. Ninguém sozinho conseguia fazer o que Alírio fez. Há mais responsáveis, que compactuaram e colaboraram neste vergonhoso plano que teve ontem um brilhante desfecho. E esses responsáveis têm nomes. Andreia Neto, Manuel Mirra, Carlos Pacheco e Rui Baptista são os principais.

Foram eles os cúmplices da ignomínia por que passou o PSD Santo Tirso nestes últimos 4 anos. Os estrategas, os principais peões do jogo partidário, os líderes do cacique local, os cultivadores da facção, os instigadores do ostracismo. Foram eles que, com Alírio, planearam e levaram a cabo o plano de conquista do Poder pelo Poder, desprezando os valores do partido e da política.

O mais curioso é que serão eles que virão agora tentar apanhar os cacos do partido, apresentando-se como opção de futuro, como se nada tivessem a ver com o que se passou. Serão eles que, sem qualquer pudor, se irão apresentar em breve aos militantes como alternativa. Para continuar o jogo partidário e a luta pessoal pela conquista de lugares na administração local, distrital ou nacional.

Mas há mais quem não seja alheio a tudo isto. Muitos outros não foram tão activos, ou não trabalharam directamente e de perto com Alírio Canceles, mas também foram coniventes: Falo de  João Abreu, Gonçalves Afonso, Paulo Sousa, Paulo Ferreira e Alcindo dos Reis, entre outros. Gente que tinha a obrigação de se ter oposto a este plano mas que preferiu aparecer a apoiar e aplaudir.

Todos eles irão criticar-me, porque julgam que fizeram uma grande coisa. Todos dirão que foram leais ao partido, estando ao lado e lutando pelo PSD. Esquecem-se que os valores do PSD de Sá Carneiro estão a anos luz do que se passa no PSD Santo Tirso, e esquecem-se também que acima do partido está Santo Tirso. A política não é o futebol, e nem sempre o candidato do nosso partido é o melhor para a nossa terra e para a população.

#Autárquicas2013 O pior resultado de sempre do PSD

Entre ontem e hoje, depois de se saberem os resultados das Autárquicas 2013 em Santo Tirso, este blogue recebeu milhares de visitas (ultrapassando mesmo as 140.000 visitas totais). Percebo porquê. Depois do que escrevi nos últimos 4 anos acerca destas eleições, há muito quem gostasse de ver a minha reacção.

Vamos aos factos e aos números, porque esses não deixam mentir nem dão espaço a interpretações enviesadas…

O PS venceu com 18.000 votos, elegendo Joaquim Couto como Presidente da CMST. O PSD teve 13.000 votos. A diferença entre os dois partidos foi de cerca de 5.000 votos. Diferença essa que em 2009 (João Abreu) tinha sido de 2.700 votos, em 2005 (João Abreu) de 2.300 votos e em 2001 (David Assoreira) de 3.300 votos.

Em termos de percentagem, o PS teve 45% deixando o PSD a 13% de diferença com 32%. Em 2009 o PS teve 48% deixando o PSD a 7% com 41%. Em 2005 o PS obteve 48% e o PSD conseguiu 43% ficando apenas a 5%. Em 2001 o PS obteve os mesmos 48%, tendo o PSD obtido 40% dos votos e ficando a 8%.

É, portanto, mais do que evidente que o PSD Santo Tirso teve o pior resultado de sempre, desde que Santo Tirso tem a actual configuração (nas Autárquicas 1997 a Trofa ainda fazia parte do concelho). Foi uma derrota pesadíssima para um partido que vinha claramente recuperando eleitorado nas últimas três eleições.

E a derrota torna-se histórica quando o PSD Santo Tirso perde a Junta de Freguesia de Além Rio (onde detinha Lama e Sequeirô, duas das quatro freguesias da união), a Junta de Freguesia de Campo (onde detinha S. Martinho, que é maior do que as outras duas freguesias da união) e a Junta de Santo Tirso (onde detinha Santo Tirso, que tem o dobro do tamanho das outras três freguesias da união).

E quanto a esta última, mais surpreendente ainda é. Já que José Pedro Miranda era considerado o mais carismático candidato do PSD, admirado por toda a gente, e visto até como o ideal candidato à presidência da CMST (nestas e nas próximas eleições). Pode-se ter queimado aqui uma excelente opção para 2017.

Naturalmente que o responsável máximo por esta hecatombe, este desastre do PSD Santo Tirso, é o seu presidente Alírio Canceles. Já dou de barato a forma como ele conseguiu chegar ao lugar que lhe permitiu liderar todo o processo eleitoral. Sobre isso já escrevi demasiado neste blogue, para quem quis ouvir.

Constato apenas o seguinte: Alírio teve exactamente aquilo que se dizia que anteriores candidatos não tiveram. Teve o partido à sua disposição, teve o lugar de destaque na vereação, teve 4 anos para trabalhar, teve o apoio da maioria dos militantes activos, teve o suporte da Distrital do PSD. E perdeu redondamente!

Não vou perder mais tempo a falar da sua falta de qualidades e condições para ser candidato a presidente da CMST. Sobre isso já escrevi demasiado aqui para quem quis ouvir. Os resultados vieram comprovar: Alírio Canceles não serve. Não o quiseram na sua terra (Lamelas) nem o querem aqui.

Se ainda tem alguma réstia de dignidade – o que sinceramente eu duvido muito – Alírio deveria desaparecer do mapa político durante muito tempo. E é para não dizer, para sempre! Ele fez muito mal ao PSD e também a Santo Tirso (porque fez os Tirsenses perderem uma oportunidade de ouro para mudar de rumo).

Estou convencido que não o fará. Muito ao jeito do que se vê hoje em políticos profissionais – os tais que ele gosta muito de imitar – vai antes dizer “vou andar por aí”. Vai novamente imitar José Sócrates, e ao invés de respeitar um “período de nojo” (que é o mínimo que se exige) vai andar a “meter nojo”.

#Autárquicas2013 Dia de reflexão em Santo Tirso

Amanhã é dia de eleições. As Autárquicas 2013. Hoje é dia de reflexão. Vou portanto reflectir. Em voz alta se me dão licença, tal como fiz ao longo dos últimos 4 anos neste blogue.

Escrevi muito sobre estas eleições. Fi-lo porque tinha a certeza de que poderiam ser finalmente um ponto de viragem para Santo Tirso. Depois de 30 anos a ser governado pelo mesmo partido, o PS.

Santo Tirso tinha a oportunidade de mudar. E a responsabilidade dessa mudança tinha que cair maioriatária e obrigatóriamente sobre o maior partido da oposição, o PSD – onde sou militante.

Infelizmente o PSD Santo Tirso – os seus dirigentes – não é capaz de arcar com essa responsabilidade e de proceder a essa mudança. E não é, porque é um partido muito doente.

A primeira doença dos dirigentes do PSD Santo Tirso chama-se “Complexo de Inferioridade“. Esta patologia advém do facto de terem preconceitos. Sejam eles de ordem económica, social ou cultural.

Ela leva a que se tornem agressivos e repulsivos em relação áqueles que mostram ter mais capacidades e melhores condições. Ostracizando e afastando-os com medo de serem ultrapassados.

A segunda doença dos dirigentes do PSD Santo Tirso chama-se “Efeito de Dunning-Kruger“. Esta patologia é um desvio cognitivo que leva indivíduos incompetentes a sofrer de uma superioridade ilusória.

Ou seja, tendem a avaliar excessivamente as suas capacidades e a não reconhecer as suas verdadeiras incapacidades, ao mesmo tempo que ignoram as genuínas capacidades dos outros.

A terceira doença dos dirigentes do PSD Santo Tirso chama-se “Despotismo” (ou tirania). Esta patologia é, a meu ver, consequência das duas anteriores. Os mais fracos tendem a impor-se pela força.

O melhor, mais evidente e mais recente sinal desta patologia foi a auto-nomeação de Alírio Canceles – o querido líder – para candidato à CM Santo Tirso. Aclamada em júbilo pelos fiéis seguidores.

Mas desenganem-se aqueles que pensam que esta doença é recente. O PSD Santo Tirso sofre destas patologias há décadas. De Alírio Canceles a Gonçalves Afonso (que naturalmente aparece agora a aplaudir Alírio).

Praticamente todas as direcções do PSD Santo Tirso nos últimos 30 anos afastaram de si os melhores e mais capazes Tirsenses. Estando o resultado evidentemente à vista. A cada eleição, a derrota.

E desenganem-se também aqueles que pensam que em breve isto vai mudar.  Que vai aparecer o messias (ex. José Pedro Miranda). Vem aí mais do mesmo. Seguidores de Alírio já se posicionam.

Durante 4 anos denunciei aqui, neste blogue, o plano pessoal de assalto ao Poder de Alírio Canceles. Um homem arrogante, inepto e inapto politicamente. Incompetente, inculto e ignorante.

Um homem sobranceiro, insolente, sem carácter, sem personalidade e intlectualmente desonesto. Um homem sem visão, sem exemplo. Insensato, imprudente e grosseiro.

O PSD Santo Tirso não quis ouvir e deixou isto acontecer. Acabou por mostrar que prefere a arrogância e a banha de cobra. Pois agora besunte-se com elas que há-de ter um lindo enterro.

Post Scriptum – Muitos perguntam porque critico o “meu” PSD e não olho para o PS. A esses recordo a sabedoria popular. Que moral tenho eu de falar dos de fora, sem olhar para a minha própria casa.

Vota Alírio Canceles, para um Santo Tirso com futuro

Estive a ler com atenção as propostas com que Alírio Canceles se apresenta nas próximas eleições Autárquicas 2013. Todas elas foram publicadas na página oficial da candidatura no Facebook – já que a apenas poucos dias das eleições o site da candidatura aliriocanceles.pt continua off-line. Existem 12 tipos de propostas, que passarei a apresentar e comentar.

Mais despesa

Quando não se sabe para mais, e não se faz a mínima ideia do que é a política, faz-se o mesmo que os outros fazem. Alírio faz as mesmas promessas de sempre, que se vêem replicadas em todos os concelhos, por todos os candidatos. Gente para quem fazer política é gastar dinheiro. Promessas que apenas acrescentam mais despesa, numa Câmara e num País já de si na bancarrota.

– Reduzir as taxas e os impostos
– Congelar as tarifas da água
– Manter os apoios ao movimento associativo
– Construir mais pavilhões e piscinas
– Construir infraestruturas de água e saneamento

Emprego para os amigos

Numa altura em que se tenta reduzir recursos e fechar entidades – por necessidade de reformar o aparelho de Estado e por imposição do memorando da Troika – Alírio propõe-se a criar 9 novas entidades!! Entidades essas que, como bem sabemos, não acrescentarão absolutamente nada, e a única coisa para que servirão é para dar ocupação aos amigos.

– Criar o Conselho Municipal da Educação e Formação
– Criar agência para a promoção da actividade económica, investimento e empreendedorismo
– Criar um gabinete de apoio à criação de empresas
– Criar uma estrutura para gerir o campeonato concelhio de futebol
– Instituir o Conselho Municipal para a Promoção da Coesão Social
– Criar o Gabinete Técnico Social
– Instituir o Conselho Municipal da Juventude
– Criar um Gabinete Técnico para Atendimento e Aconselhamento ao Jovem
– Criar a Rede Municipal de Operadores Turísticos

Solidariedade bacoca

Num país onde o povo gosta que o Estado resolva tudo, fica sempre bem em campanha – e ajuda a ganhar uns votos – confundir Política com Acção Social. Vai daí Alírio propõe-se substituir as instituições de Solidariedade e Acção Social do concelho (que todos os dias dão provas da sua valia) e distribuir caridadezinha. O que deveria fazer era deixar a Solidariedade para quem sabe lidar com ela, e focar-se em criar condições para que as famílias não precisem dela.

– Disponibilizar gratuitamente livros e manuais escolares ao ensino básico
– Implementar a 2a refeição quente (Jantar)
– Instalar um Centro de Dia no Vale do Leça

Idiota: quem (não) tem ideias

Não é de agora. Há já muito que víamos Alírio a propor na vereação da CMST a implementação de “Concursos de ideias“. Talvez por ele não ter nenhumas, queira tentar empoleirar-se na criatividade e talento de outros. A verdade é que os concursos são tão bons, bem organizados e atractivos, que dali não sai nadinha.

– Promover concurso de ideias junto dos alunos do 12. ano
– Instituir concursos de ideias para projectos inovadores de agricultura e agro-turismo
– Promover concursos de ideias para projectos inovadores de base tecnológica e industrias criativas
– Lançar concurso de ideias para animação de espaços públicos

Wishfull thinking

Algo que os políticos profissionais fazem habitualmente. Frases muito bonitas e genéricas que ficam sempre bem, mas que não dizem nada de concreto. Dizem o que querem atingir, mas não esclarecem como o vão concretizar. Falar é fácil. Alírio é tipo Miss Mundo. Diz que quer a paz e vai fazer tudo para acabar com a fome no Mundo. Se lhe perguntarem como não sabe responder, mas entretanto já ficou bem na fotografia.

– Captar, fixar e estimular investimento em sectores de actividade com elevado índice de empregabilidade
– Fixar micro e médios projectos de investimento em empresas de base tecnológica com elevado potencial de crescimento
– Colocar Santo Tirso na rota do turismo regional, nacional e internacional
– Reunir informação sobre participação, associativismo e oferta desportiva
– Estabelecer uma relação de proximidade e de cooperação com o Hospital, com o ACES e a Delegação de Saúde
– Atraír um pólo universitário e de investigação
– Desenvolver esforços para acrescentar outros serviços ao Hospital

Juventude precária

As bolsas de estudo são muito famosas por esse país fora. Fica bem e é mais uma maneira de “comprar” votos. Mas quem pode criticar? Estamos a estimular os jovens. Pois, sim, claro. E depois do mérito escolar e desportivo (na escola ou clube concelhio sem condições para se desenvolver) é colocá-los em estágios do IEFP. Empregos precários tipo os do Call Centre da PT que Alírio tanto criticou.

– Criar uma bolsa desportiva para atletas
– Atribuir bolsas de estudo e prémios de mérito escolar
– Promover, em conjunto com o IEFP, 50 estágios por ano para jovens

À boleia de Castro Fernandes

Na política a hipocrisia e a falta de vergonha são duas características chave para quem quer vingar. E disso não falta a Alírio. Depois de tanto criticar o que foi feito por Castro Fernandes, tem o descaramento de se empoleirar e ir à boleia de muitas das suas criações. Se ele for presidente estes eventos já não são auto-promoção, são marcas de Santo Tirso.

– Manter e ampliar a Universidade Sénior
– Manter o Passeio Anual Sénior
– Promover a marca Santo Tirso ConVida
– Apostar mais no Festival de Guitarra e no A Poesia Está na Rua
– Potenciar o Museu de Escultura Contemporanea ao Ar Livre

Cartas para “inlgês ver”

Nunca percebi para que servem as Cartas. E o que são elas na realidade? São programas? São regulamentos? São estatutos? São estratégias? A verdade é que estas famosas cartas – e elas existem para todos os gostos – são apenas e só para “inlgês ver”. Não servem para absolutamente nada. Poucos conhecem o seu conteúdo, e dos que conhecem ninguém respeita.

– Reformular a Carta Educativa Local
– Criar a Carta Desportiva Municipal
– Criar a Carta Cultural de Santo Tirso
– Elaborar a Carta Social de Santo Tirso

Planos de intenção e Projectos de gaveta

Planos, Programas e Projectos. Medidas concretas? Zero! É tudo planos de intenções e projectos que nunca chegarão a ver a luz do dia. Coisas que – estamos fartos de saber – ficam na gaveta ou caem no insucesso completo. Claro que podem ser “recuperados” quando convier, para dizer que se está a trabalhar nisso. Entretanto servem para Alírio encher o seu programa eleitoral e agitar a imaginação fértil do eleitorado.

– Lançar um plano de requalificação das vias intra e entre freguesias
– Lançar um plano de ordenamento do território
– Conceber um plano de regeneração, requalificação e valorização de espaços urbanos
– Lançar roteiro do património arquitectónico
– Promover o projecto “empresas de sucesso” que distinguirá empresas em cerimónia pública
– Criar o programa “Correr com…” para promover o atletismo nas escolas
– Lançar o programa “Envelhecimento Activo”
– Lançar o programa Internet para Todos
– Implementar a Colónia de Férias Sénior
– Lançar o cartão Família Numerosa

O habitual

Castro Fernandes utilizou estas promessas em todas as campanhas eleitorais. Tipo Sporting CP no futebol: este ano é que é, vamos mesmo resolver estes cancros do concelho. Alírio criticou até à exaustão. Agora apresenta, sem qualquer tipo de pudor, as mesmas promessas de há anos, que ninguém cumpre nem vai cumprir.

– Transferir a feira semanal para um local mais adequado
– Redesenhar a rede de transportes públicos
– Recuperar o projecto do parque de estacionamento no Largo da Feira
– Recuperar o Cine-Teatro

Papas e bolos

Alírio canceles propõe-se a manter, recuperar e instituir novos eventos. Daqueles onde o Presidente e a sua pandilha se pavoneiam e auto-promovem. Galas onde o presidente possa aparecer a dar prémios e diplomas. Feiras para continuar a distrair e divertir o o povo (enquanto as empresas convidadas a fazer parte acumulam prejuízos). Festas e Concertos à borla (tipo Tony Carreira e afins). Afinal já diz o ditado: com papas e bolos… se enganam os tolos.

– Recuperar a feira das tasquinhas
– Instituir a Gala anual do Desporto Concelhio

E é isto, o grande plano de Alírio Canceles para colocar Santo Tirso na rota do futuro. Um futuro muito negro.

Medidas concretas? As mesmas de sempre sobre as quais já conhecemos a (in)eficácia: Taxas, Impostos, Água, Saneamento, mais Pavilhões e Piscinas.

Quanto ao resto? Zero! Muitas coisas politicamente correctas, vazias de conteúdo, pouco ou nada tangíveis. Promessas vagas, indefinidas, indeterminadas.

Promete-se tudo e quando se chega lá vai-se gerindo o dia-a-dia, usando recursos públicos para alimentar a “máquina”, com o único objectivo de se manter no poleiro.

Ou seja, o habitual. Aquilo que temos vindo a ouvir dos políticos – nomeadamente dos autarcas – nos últimos 20 anos, e que nos trouxe até aqui… ao fundo do buraco.

Quem votar nestes senhores, está a continuar a cavar ainda mais fundo. Está a ser conivente com esta gente incompetente, sem ética nem moral, sem carácter e intelectualmente desonesta. Que irá afundar ainda mais o concelho, a região e o país.

#Autárquicas2013 Alírio “compra” apoios

Mais uma polémica à volta dos métodos usados por Alírio Canceles – candidato da coligação PSD/PPM – para se (auto) promover nesta pré-campanha, que vem demonstrando o desespero do auto-nomeado candidato à CM Santo Tirso.

Depois dos comentários anónimos ou com identidades falsas em blogues (como por exemplo neste); Depois de perfis falsos e páginas anónimas no Facebook; Depois de jornais online e outros websites anónimos, supostamente independentes… Aparecem agora os “Likes” na página oficial da candidatura no Facebook.

Alguém atento e mais interessado resolveu verificar quem eram as centenas de pessoas que faziam “Like” nos posts que a candidatura de Alírio publicava na rede social. Acontece que a maioria desses “Likes” eram de gente com nomes esquisitos (estrangeiros).

A polémica instalou-se e já muitos abordaram o tema em pleno Facebook, questionando a candidatura. É simples! O Facebook deixa qualquer pessoa “Promover” os seus posts, cobrando e ganhando dinheiro com isso. Não é ilegal, é simples. A pessoa paga e os seus posts são enviados para a rede.

A vantagem é apenas uma. Quando publicamos um post, ele vai-se perdendo na timeline ao longo do tempo. Mas se muita gente for comentando e colocando “Like”, esse post vai-se mantendo à tona, aparecendo mais vezes na timeline dos nossos contactos e dos seus amigos.

Claro que muita (ou mesmo toda) gente que colocou “Like” nos posts da candidatura nem sequer percebe português, muito menos conhece Portugal, Santo Tirso, o PSD ou Alírio. Muitos estarão na Coreia, Malásia ou Vietname.

Nada disto é ilegal. Mas é ético? É correcto? Principalmente ao sabermos que se trata de uma campanha eleitoral? Será isto comparável a comprar votos? Tentanto influenciar outras pessoas pela quantidade de “Likes” (apoios) que se tem?

Uma coisa é certa. Os métodos de Alírio e da sua entourage neste processo eleitoral – desde o esquema montado para a sua auto-nomeação, até à actual pré-campanha – demonstram bem o carácter (ou a falta dele), a (des)honestidade e forma de trabalhar desta gente.

É isto que os Tirsenses querem à frente da CM Santo Tirso? Não foi este tipo de maneira de estar/agir que colocou o país no estado em que está?

Economia Tirsense – As Soluções (parte III)

Infra-estruturas

Finalmente, é imprescindível oferecer condições infraestruturais adequadas à criação e expansão de empresas. Não se trata apenas de disponibilizar espaços de incubação de empresas mas também de ter open-spaces dedicados a office sharing proporcionando uma alternativa acessível e flexível para start-ups ou empresas que procuram um escritório longe da sede. Oferecendo também um ambiente mais dinâmico e colaborativo.

As infra-estruturas construídas não se podem cingir a edifícios mas devem conter espaços já delineados – ainda que eventualmente amovíveis – por sector ou área de negócio. É desejável também que essas infra-estruturas tenham já incluido salas de reuniões e auditórios, mobiliário de escritório, material informático (se necessário) e serviços como ligação à internet, logística, assistência técnica, assistência administrativa ou catering.

Naturalmente que tudo isto será mais viável e atractivo se forem também criadas as condições para que na envolvente ou no meio destas infra-estruturas, nasçam espaços verdes e zonas de lazer, cultura, desporto, alimentação ou shopping. Sendo que o transporte exclusivo e directo (quiçá grátis ou low cost) para os mais próximos terminais ou hubs de transportes públicos torna  tudo mais apetecível.