José Graça, o CDS Sto Tirso, e a procura dos desalinhados

O CDS-PP de Santo Tirso apresentou novamente José Graça como candidato a presidente da Câmara Municipal. Mais uma vez por falta de condições para se coligarem com o PSD. O que poderia ser decisivo para derrotar o PS.

Aliás, se atentarmos aos resultados das últimas duas eleições Autárquicas (2005 e 2009) PSD e CDS em conjunto tiveram praticamente os mesmos votos do PS, e uma coligação forte poderia atraír os mais de 1.000 nulos/brancos.

A meu ver a escolha é estrategicamente certa. Demonstra coerência e continuidade. Num projecto que se tem mostrado “vencedor”. A verdade é que em 2005 o CDS teve cerca de 700 votos e em 2009, já com José Graça, conseguiu mais de 2.000.

Para além disso, na Junta de Freguesia de Santo Tirso, o CDS passou de 100 votos em 2005 para quase 1.000 em 2009. Também aqui se espera o mesmo critério da continuidade, para capitalizar o trabalho de 4 anos.

Nas Autárquicas 2013 os centristas podem atraír simpatizantes do PSD que não alinham com o seu fraco e imposto candidato, e também simpatizantes do PS de Castro Fernandes que não alinham com Joaquim Couto.

Isto não é de descurar já que, como se tem visto nas “guerras” internas dos últimos tempos, há muita gente “desalinhada”. Mas para isso Ricardo Rossi tem de montar uma equipa credível e um projecto inovador.

O CDS tem de definitivamente apresentar ideias e soluções. Não podendo apenas ficar-se pelos “nomes”. É sabido que o facto de presidir ao FC Tirsense traz muitos votos a Rossi, mas isso não chega para conquistar os “desalinhados”.

E claro, quando se fala de ideias e soluções, não se está a falar de “Monumentos ao Jesuíta”. O CDS tem de apresentar propostas credíveis. Não sendo obrigatório ter um programa que abranja todas as áreas, terão de ser propostas bem dirigidas.

Quanto a nomes para a equipa, parece-me que o CDS tinha a ganhar se conseguisse integrar na lista candidata alguns ilustres e capazes independentes, deixando de fora nomes gastos como o de Fernando Ferreira, entre outros.

18 thoughts on “José Graça, o CDS Sto Tirso, e a procura dos desalinhados

    • Caro Anónimo,

      Ao que sei, em primeira instância, houve falta de vontade do PSD em se aproximar do CDS. Alírio Canceles e a sua Comissão Política preferem ir sozinhos.

      Depois também imagino que o CDS, dada a forma como o PSD impôs um candidato aos seus militantes e dada a falta de capacidade daquele, também não tinha muita confiança no eventual parceiro.

      Mas a verdade é que o CDS vem mostrando há muito tempo (anos mesmo) que tem vontade de uma coligação. Por seu lado, o PSD e as suas últimas Comissões Políticas, nunca mostraram vontade e abertura.

      • Pois assim ,com uma coligacão, tinham mais uma hipótese de vencer,já que o joaquim Couto já la esteve 17 anos e dava oportunidades a outros.

  1. Não sei quais o critérios para escolha dos candidatos dos diversos partidos, mas julgo que existem por aí pessoas com mais capacidades do que politicos de carreira… existem tantos ex-diretores reformados (mas perfeitamente válidos), de grandes empresas de sucesso como PT, EDP, Blaupunkt, Continental, Lameirinho, etc, no nosso concelho, com outra visão da realidade e com a devida formação na area de gestão, que poderiam dar nesta fase da sua vida um grande contributo ao desenvolvimento real do nosso concelho, e o que eu vejo é mais do mesmo, “reformados e partidários a enxer o taxo” e mais nada….

  2. Esta de afirmar implicitamente que o CDS escolheu os eu candidato como devia ser: ouvindo os militantes, só tem desculpa quando se sabe que o autor da afirmação não conhece o que se passa no CDS – o CDS não reúne com os militantes, o CDS de Rossi não ouve ninguém a não ser a si próprio, e apresenta um candidato que não foi sequer proposto aos militantes, constituindo a sua apresentação uma autêntica farsa a que nem a distrital esteve presente, para além de meia dúzia de ingénuos que ainda acreditam em milagres!Já que nem os militantes do partido foram tidos ou achados para a escolha e para a sessão de apresentação da candidatura!
    Alírio faz, mas Rossi imita! E quem imita é sempre pior que o original!

    • Caro Henrique Pinheiro Machado,

      Quem é que aqui disse que o “CDS escolheu o seu candidato como devia ser: ouvindo os militantes”? Alguém aqui afirmou isso? Ora leia lá o post novamente.

      O que aqui digo é corroborado com factos. O CDS com José Graça passou de 700 votos para 2.000. Com Ricardo Rossi passou de um partido marginal para uma força política capaz de influenciar a governação ( como se viu na Junta de Sto Tirso).

      O resto é apenas uma questão pessoal que vossa excelência tem com o Ricardo Rossi e com a qual eu nada tenho a ver. Mas não tente escamotear o facto de o CDS ser mais bem sucedido com ele do que nos anos em que vossa excelência o liderou.

      • “O resto é apenas uma questão pessoal que vossa excelência tem com o Ricardo Rossi e com a qual eu nada tenho a ver. ”

        Hum talvez o Rossi seja amigo de Luis Melo.Não será também toda esta cruzada “Apenas uma questão pessoal” com Alirio Canceles, em que ninguém tem nada a ver com isso?

      • O meu caro amigo está longe de saber o historial passado do CDS para fazer as afirmações que faz.
        De resto eu não tenho nenhuma questão pessoal com o actual presidente da concelhia. Pelo contrário ele é que terá comigo, e lá saberá porquê!
        E essa afirmação de que o CDS influenciou a actual governação da Junta de Santo Tirso, merece comprovação. Não lhe parece?

      • Caro Henrique Pinheiro Machado,

        Essa coisa do “é muito novo para saber” é um argumento de quem não tem mais nada ao que se agarrar a não ser a idade. A idade, por si só, não é sinónimo de sabedoria ou de conhecimento. De resto, já ando por aqui há anos suficientes para saber o que se passou durante a sua liderança e a liderança dos outros.

        E os números não mentem. O que digo, repito, e vossa excelência não pode negar, é que o CDS com José Graça passou de 700 votos para 2.000. Com Ricardo Rossi passou de um partido marginal para uma força política capaz de influenciar a governação. E quanto a este último facto, é óbivo e evidente que, o CDS influenciou a partir do momento em que o PSD precisou de José Duarte Malheiro para criar uma maioria estável. E eu fiz parte do grupo que negociou essa “coligação”.

        Quanto ao resto, repito, é apenas uma questão pessoal que vossa excelência tem com o Ricardo Rossi (ou vice-versa) e com a qual eu nada tenho a ver.

      • Que o meu caríssimo amigo seja amigo pessoal ou não do Rossi, não tenho nada com isso. Só desejo que seja muito feliz com essa amizade!
        Mas que deturpe os factos, para mais acusando-me do que não sou responsáve isso aí cautela!.
        1.º As últimas eleições em que era eu o Presidente da Concelhia foi em 2001, porque os filiados entenderam que era preciso apanhar os cacos de uma coligação que fez desaparecer o CDS e da qual eu não fui o responsável também.
        Apesar disso, o CDS teve para a Cãmar 3, 86 % de votos e para a Assembleia Municipal numa lista em que eu era o lider teve 4,18%.
        Em 2005, o tal ano em que o CDs teve 717 votos já não era eu o lider.
        E andando um pouco mais para trás, posso lembrar-lhe que em 1993 fui eu o candidato à Câmara e o CDS teve 5,65 % de votos, apesar da bipolarização gerada no concelho entre o PSD e o PS.
        Por fim, convenhamos que 5,65 % nas condições que referi, de forte bipolarização, sempre foi mais um 1, 27 % que os 4,48% que tanto elogia como um extraordinário feito do seu amigo.
        É mais uma discrepância entre o que condena no “seu” PSD, que escolhe o candidato sem consultar os militantes, e um CDS de “um seu amigo”, que faz exatíssimamente o que faz o lider do seu partido.
        Temos de ser coerentes.
        E, como não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente, se achar isso oportuno e de sua vontade gostava de falar consigo sobre este assunto das lideranças que não cumprem os regulamentos nem os estatutos e convidá-lo a assumir eleitoralmente a luta contra esses dirigentes que se mostram indignos do lugar que ocupam, por monopolizarem o poder a seu fazer, como se estivéssemos na república do Chávez.

      • Caro Henrique Pinheiro Machado,

        Terei todo o gosto em conhece-lo pessoalmente (já tenho o prazer de conhecer e de ter convivido muito com o seu filho) e de discutir essas e outras questoes que se mostrem pertinentes. Esteja á vontade para me contactar quando vier a Londres.

    • A actual direcção do CDS de Santo Tirso é dominada por uma pessoa sem o mínimo de perfil para o cargo que desempenha, mas suficientemente manhoso para se agarrar ao poder como uma lapa.
      Só que a lapa vai soltar-se do penedo e afundar-se no lixo da mediocridade onde sempre vegetou.
      Escolhem-se candidatos sem ouvir os militantes. Faz-se tudo como num partido totalitário onde o “quero, posso e mando” é a regra geral.
      E depois admirem-se que surjam listas independentes!

Deixe uma resposta para Hum Cancelar resposta