Dane-se a reserva moral do PSD!

Se há coisa que sempre detestei no PSD foi o facto de haver uma espécie de “reserva moral” social-democrata, em Lisboa, que tem sempre de meter o bedelho, e logo quando o partido e o país menos precisa. É que ainda por cima falam apenas com o objectivo de manter o status quo.

Nas últimas semanas vários membros dessa “reserva moral” têm pressionado – a palavra é mesmo esta, porque o objectivo deles é mesmo pressionar, através da comunicação dita social, da opinião pública ou dos interesses económicos e partidários – Passos Coelho para que este aprove o OE2011.

Esses senhores têm dito várias coisas, entre as quais registei “não podemos brincar com coisas sérias“. Ora brincar com coisas sérias é o que o PS tem vindo a fazer na última década e meia! E vamos oferecer-lhes mais um bilhete para a diversão?

Aliás, brincar com coisas sérias é o que alguns destes senhores da “reserva moral” de Lisboa têm vindo também a fazer ao longo das suas carreiras político-empresariais! Nada interessa o país, e nada interessa o povo. O importante é a sua posição, a sua conta bancária e o seu poder.

Ora… chumbe-se o OE2011 e venha de lá um governo de iniciativa presidencial. Seja ele PS com novo PM, PSD-CDS, Tecnocrata, ou outro tipo qualquer de executivo. Tanto dá, desde que não tenha pelo meio Sócrates, Silvas Pereiras, Santos Silvas, Teixeiras dos Santos e afins…

13 thoughts on “Dane-se a reserva moral do PSD!

  1. Esperamos que o Passos Coelho dê uma vassourada nos barões bem acomodados dentro do Partido de que se serviram mas a quem poucos serviços prestaram.

  2. Eu peço imensa desculpa, mas não concordo nada com a abordagem simplista que aqui se está a fazer.

    Não nos podemos esquecer que estamos perante a mais grave realidade do pós 25 de Abril…

    Convençam-se, o perigo eminente de derrocada não é só da Democracia, mas sim da Nação…

    Nunca chegamos tão baixo. Tudo ajudou. Mas, para mim e parece que agora começa a ser para a grande maioria, a incompetência e irresponsabilidade da governação PS nos últimos 15 anos, bem coadjuvada por muitos, está na base de toda esta deprimente situação a que chegamos.

    Agora! a solução, se a houver, não é linear nem tão pouco de fácil lançamento. Apenas uma coisa é certa e irreversível, vamos empobrecer fortemente e penar longos anos.

    Por isso, os condicionalismos de muito curto prazo que todos conhecemos. Tanto constitucionais como político-partidários e, principalmente, os que se prendem com a nossa urgente necessidade de conquistar externamente alguma credibilidade. Não nos permitem, em caso algum, poder ter a veleidade de fazer o tal “sangue” interno que muitos parecem querer. Muito embora, sem sombra de dúvidas, considere que temos esse direito.

    O momento tem de ser táctico e não estratégico.

    Recuemos para reflectir, reagrupar, reorganizar e recuperar as forças que nos vão ser tão importantes para os dificeis tempos que aí vêem… Não desbaratemos esta oportunidade… Tenhamos Bom Senso!

    Que o orçamento do Governo Socrates vai ser mau! já todos o sabemos. Por isso mesmo, digamos desde já que o deixamos passar sem condições. E depois apresentemos todas as ressalvas sobre os erros e omissões que serão mais que muitos…

    Neste quadro actual não há alternativa! Ou será a razia total e despareceremos do mapa por muitos anos…

    • De uma maneira ou de outra, o nosso futuro é negro.
      Devemos confiar em Sócrates e arriscar a que ele não cumpra novamente (como fez depois da aprovação do PEC II em Maio?)
      Ainda acreditamos que com este governo podemos recuperar a tal credibilidade no exterior?
      Achamos que evitamos a vinda do FMI se deixarmos Sócrates e Teixeira dos Santos continuar na liderança dos destinos do país?
      A resposta a todas estas perguntas é “Não” !!
      Tenho a convicção de que tudo vai piorar muito, com ou sem crise política. Por isso, mal por mal, que venha a crise política e que venha um novo governo.

    • Claro que a “reserva moral” é constituída por pessoa que estiveram (e estão) no Partido.
      O problema não é estar ou não estar no partido… é fazer ou não parte do status quo.
      A questão é que esta “reserva moral” é constituída por gente que gravita à volta do poder de Lisboa, beneficia disso e assim quer continuar.

  3. A “reserva moral” que agora pretende condicionar Passos Coelho:
    – Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Marques Mendes, Paulo Rangel, Marcele Rebelo de Sousa, etc., etc., etc.

  4. […] Daí ter defendido desde logo o chumbo do OE2011. E quando me acenavam com o fantasma da crise política afirmei não ter “medo do fantasma […] mesmo com o argumento de só poder haver eleições daqui a 8 meses“. Até porque o “sistema político que temos permitia que se arranjasse um novo sem eleições“. Fosse ele qual fosse “Ou o PS se torna um partido responsável e arranja outro PM e outro executivo, ou então o PR deve c…“ […]

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