O António José Seguro do PSD Santo Tirso

Já aqui manifestei muitas vezes a minha discordância em relação à forma de fazer política e à estratégia utilizada pelo actual líder do PSD Santo Tirso. Seja a nível interno seja na acção como líder da oposição na CM Santo Tirso.

Escuso-me (pelo menos hoje) a tecer comentários sobre o carácter da pessoa em causa e centro-me na forma e no conteúdo das suas intervenções. Já uma vez, em artigo publicado no jornal “Notícias de Santo Tirso” abordei esse assunto.

O discurso é demagógico, populista, desestruturado, complexo e incompreensível para a população. Não há uma única intervenção que seja clara, objectiva, sensata e bem intencionada. Encerra sempre um interesse pessoal/partidário.

As expressões utilizadas são sempre violentas, agressivas, irascíveis. O objectivo é sempre atacar pessoalmente o Presidente da CMST e o seu partido, ao invés das suas políticas. O remoque e o insulto são repetidamente utilizados.

Atente-se ao exemplo mais recente (uma proposta que o PSD apresentou em reunião de câmara, e que foi rejeitada pelo PS) e veja-se as semelhanças com a forma e o conteúdo dos discursos de outro fraquíssimo líder actual: António José Seguro.

O discurso violento, agressivo e irascível: “os vereadores do PSD ficaram em estado de choque […] prova a falta de cultura democrática da maioria socialista e comprova a sua indisponibilidade para discutir questões incómodas

O discurso complexo e incompreensível: “Pretendia-se que a CMST discutisse e aprovasse uma proposta do PSD referente à participação variável até 5% no IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal na respetiva circunscrição territorial relativa aos rendimentos do ano de 2012

O discurso demagógico e populista: “numa altura em que as famílias passam por enormes dificuldades, é chocante constatar a insensibilidade da maioria socialista, que continua a encher os cofres da câmara, em detrimento das pessoas e das famílias“.

Falta apenas 1 ano para as Autárquicas 2013. O PSD Santo Tirso tem uma oportunidade de ouro para vencer as eleições. Mas vai com toda a certeza perdê-las novamente, à custa da incapacidade e incompetência política de um caudilho e da sua pandilha.

PSD e as dificuldades de resistir à máquina

Já o disse várias vezes, apoiei Ferreira Leite e Aguiar Branco nas 2 últimas internas do PSD. Mas, depois de vencer, Passos Coelho surpreendeu-me pela positiva.

Aquando da constituição do Governo elogiei o facto de ter conseguido chamar excelentes independentes, mas critiquei ter cedido à máquina do partido em certas pastas.

Quando os partidos estão no Poder é muito mais fácil ceder à máquina partidária, mas é imperativo resistir. Afinal, foi essa mesma máquina (incompetente e corrupta) que nos trouxe até aqui.

Ao ver o programa das Jornadas Parlamentares do PSD fico desiludido. Numa altura em que o PSD lidera o Governo e precisa de mais e melhores ideias para nos tirar da crise, as jornadas serão inócuas.

Oradores e temas são os que mais interessam ao partido numa lógica puramente circunstancial. Não irão acrescentar nada ao trabalho do PSD na AR, em prol do país e dos portugueses.

Compare-se nomes dos oradores (sua qualidade e capacidade), líder parlamentar, presidente PSD e condição do partido, nas últimas 3 jornadas parlamentares. É fácil ver as diferenças.

Ano 2008
Líder Parlamentar – Paulo Rangel
Presidente PSD – Manuela Ferreira Leite
Condição PSD – Oposição
Oradores: António Borges, Henrique Neto, Maria José Nogueira Pinto, Jacques Attali

Ano 2009
Líder Parlamentar – JP Aguiar Branco
Presidente PSD – Manuela Ferreira Leite
Condição PSD – Oposição
Oradores: Alexandre Soares dos Santos, José António Salcedo, Paulo Pinto de Albuquerque, João Duque

Ano 2010
Líder Parlamentar – Miguel Macedo
Presidente PSD – Pedro Passos Coelho
Condição PSD – Oposição
Oradores: Manuel Villaverde Cabral, Ernani Lopes, Luís Campos e Cunha, Vitor Bento

Ano 2011
Líder Parlamentar – Luís Montenegro
Presidente PSD – Pedro Passos Coelho
Condição PSD – Governo
Oradores: Miguel Relvas, Pedro Santana Lopes, Marco António Costa, Paulo Simões Júlio

Dane-se a reserva moral do PSD!

Se há coisa que sempre detestei no PSD foi o facto de haver uma espécie de “reserva moral” social-democrata, em Lisboa, que tem sempre de meter o bedelho, e logo quando o partido e o país menos precisa. É que ainda por cima falam apenas com o objectivo de manter o status quo.

Nas últimas semanas vários membros dessa “reserva moral” têm pressionado – a palavra é mesmo esta, porque o objectivo deles é mesmo pressionar, através da comunicação dita social, da opinião pública ou dos interesses económicos e partidários – Passos Coelho para que este aprove o OE2011.

Esses senhores têm dito várias coisas, entre as quais registei “não podemos brincar com coisas sérias“. Ora brincar com coisas sérias é o que o PS tem vindo a fazer na última década e meia! E vamos oferecer-lhes mais um bilhete para a diversão?

Aliás, brincar com coisas sérias é o que alguns destes senhores da “reserva moral” de Lisboa têm vindo também a fazer ao longo das suas carreiras político-empresariais! Nada interessa o país, e nada interessa o povo. O importante é a sua posição, a sua conta bancária e o seu poder.

Ora… chumbe-se o OE2011 e venha de lá um governo de iniciativa presidencial. Seja ele PS com novo PM, PSD-CDS, Tecnocrata, ou outro tipo qualquer de executivo. Tanto dá, desde que não tenha pelo meio Sócrates, Silvas Pereiras, Santos Silvas, Teixeiras dos Santos e afins…

Era uma vez o PPD (II)

Decorreu ontem, no Café Guarany (Porto), a 2ª edição do “Era uma vez o PPD” organizado pelo Psicolaranja e pela JSD Porto. Foi mais um excelente evento – a par da 1ª edição – que contou com cerca de meia centena de pessoas, quase todas elas abaixo dos 30 anos.

Os dois oradores convidados, os fundadores Amândio de Azevedo e Ribeiro da Silva, brindaram os presentes com alguns factos e histórias que antecederam e se seguiram à fundação do PPD. Fizeram também questão de sublinhar o percurso difícil de Sá Carneiro à frente do partido.

As histórias foram curiosas e interessantes. Principalmente quando – para além dos mais velhos – elas envolviam as actuais figuras como: Rui Rio, Aguiar Branco, Agostinho Branquinho ou Luís Filipe Menezes. Também se falou muito de questões políticas e ideológicas, tendo Amândio de Azevedo esclarecido sobre as linhas programáticas da fundação do PPD.

Foi uma boa tertúlia, moderada pelo bem-disposto e simpático presidente da JSD Porto, João Paulo Meireles. Pena foi que o tempo escasseia e apenas foi possível conversar durante 1h30m. Muita coisa ficou por dizer, tal como na 1ª edição com Conceição Monteiro. O que não é necessáriamente mau… é motivo para fazermos a 3ª edição.

Era uma vez o PPD

O Psicolaranja é mais do que um blog. É um grupo de amigos que todos os dias dá um contributo forte para que todos possam pensar o PSD e o país no sentido de os tornar melhores. Mas este grupo não é só de “palavras” mas também de muitas e boas “acções”.

Em 6 de Março os Psicóticos organizaram – na sede da Secção Oriental de Lisboa do PSD – a 1ª edição do “Era uma vez o PPD” com Conceição Monteiro. Este evento contou com a colaboração da JSD daquela secção e saldou-se num sucesso.

Agora, volvidos quase 3 meses, a 2ª edição do “Era uma vez o PPD” vai ter lugar no Porto com o apoio da secção da JSD Porto. Sábado, dia 26 Junho pelas 17h30, o Café Guarani vai receber Amândio de Azevedo e Fernando Alberto Ribeiro da Silva. Estas duas proeminentes figuras do PSD (no Porto e em Braga) foram muito próximos de Sá Carneiro e de Cavaco Silva e preparam-se para nos deliciar com interessantes histórias.

Diogo Vasconcelos – Fellow do think tank ResPublica

Há uns meses atrás, a propósito das eleições internas do PSD, eu falava de Diogo Vasconcelos e dizia: “num debate organizado pelo Psicolaranja, ouvi com imenso gosto o mandatário de JPAB, Diogo Vasconcelos. Posso dizer que fiquei muito impressionado pela positiva. É aquela atitude humilde, verdadeira, inteligente, positivista, inovadora, futurista que precisamos. É aquela nova linguagem que nos chama e que nos faz acreditar. É aquela maneira de ver as coisas, e a vontade de as fazer que nos pode tirar do pântano

Já que aqui por Portugal está tudo bem – segundo o Primeiro-Mentiroso… perdão Ministro está tudo uma maravilha. Já saímos da crise e temos as reformas todas já feitas, ou em curso – o Diogo vai colocar as suas capacidades ao serviço de sua Majestade. É mais um reconhecimento do mérito e das qualidades deste português, que a par de outros (como António Horta-Osório) são “aproveitados” pelos ingleses.

PSD: A confirmação do meu voto


Dois dias antes das eleições internas do PSD, e depois de várias semanas de campanha, decidi que votaria José Pedro Aguiar-Branco. Fi-lo após ter analisado as moções de estratégia dos candidatos e de ter conhecido algumas das caras que faziam parte das respectivas equipas.

Sobre a moção escrevi: “JPAB tem reconhecidamente a melhor moção de todas […] Mais do que falar nas coisas que estamos fartos de ouvir (défice, dívida, crise, etc.) fala em inovação, propõe várias medidas em concreto a aplicar, e tem uma linguagem nova, diferente do habitual.

Sobre a equipa escrevi: “Portugal precisa de homens como os que JPAB juntou à sua volta: Rui Rio, Diogo Vasconcelos, Alexandre Relvas […] Além disso conta também com a experiência e sabedoria de Mota Amaral, Miguel Cadilhe ou Conceição Monteiro. E com a capacidade técnica e inteligência de Miguel Frasquilho ou Rodrigo Adão da Fonseca.” E nessa altura não sabia eu que também tinha contado com a ajuda do meu professor e amigo José António Salcedo.

Depois de Passos Coelho ter vencido as directas foi ao XXXIIIº Congresso (que o consagrou como líder) apresentar uma moção que inclui muitas das ideias que eram de JPAB, e falar da unidade que foi o lema da campanha de JPAB. Eu sabia que o meu voto era o melhor para o PSD. Bem haja PPC que, independentemente disto, começou bem o mandato.

Lei da Rolha 2.0 no PSD Santo Tirso


No último congresso nacional, o PSD aprovou uma norma que exigia silêncio aos militantes mais críticos nos 60 dias que antecedem as eleições. A chamada “Lei da Rolha” foi muito polémica e mereceu desde logo a reprovação dos mais destacados dirigentes e militantes, incluindo o recém-eleito presidente, que disse que a revogaria logo que pudesse.

Foram vários os militantes (mais ou menos conhecidos) que – a meu ver muito bem – disseram que esta norma ia contra a génese do partido, que sempre tinha sido pluralista e de livre opinião. Falou-se de ditadura, de PIDE, de norma comunista.

Ora, no PSD Santo Tirso não é preciso congresso nem aprovação de normas. A “Lei da Rolha” está implantada há muito tempo. A actual comissão política (CP) além de politicamente inapta, não tem capacidade de encaixe e não admite nenhuma crítica, mesmo que seja construtiva e colocada internamente nos locais próprios.

Baseando-se em supostos factos trazidos pelo ex-presidente Alírio Canceles – que se aproveita assim da CP à qual não preside (formalmente, diga-se) para atingir objectivos pessoais – a CP concelhia analisou o que denominou de “Caso Luís Melo” e deliberou, em reunião de 19 Fevereiro 2010, lamentar e repudiar o comportamento do militante nº 69491 Luís Melo.

Tudo isto vem, a meu ver, na sequência de dois textos que escrevi – nos quais Alírio Canceles diz que ataquei o PSD e os seus dirigentes locais provocando sérios prejuízos a todos – e de uma carta aberta aos militantes, em reacção a um acto lamentável daquele senhor. Os textos em causa são este e este.

Ora, como qualquer pessoa pode verificar, eu apenas critiquei politicamente alguns dirigentes do PSD. Não ataquei ninguém pessoalmente, nem fiz considerações que prejudicassem a imagem do partido (o mesmo já não pode dizer Alírio que segurou perante câmaras uma camisola do PS em plena campanha eleitoral). Já não se pode falar livremente? Isto é delito de opinião!

A mentalidade déspota do ex-presidente do PSD Sto. Tirso ficou indignada com estes factos e perdeu a cabeça quando viu que não tinha meios para “calar” um militante que pensa pela sua própria cabeça e não vai na carneirada. Vai daí resolveu espalhar um e-mail com várias inverdades que me obrigou a responder na tal carta aberta aos militantes do PSD.

Em resposta, a reacção desesperada de Alírio Canceles foi a de, em resposta, fazer circular pelos militantes um e-mail onde adjectivava a minha pessoa de “mentiroso”, “desonesto”, “mentalmente doente”, “fraco”, “cobarde”, “vaidoso”, “narciso”. Disse Alírio: “quem era ou é Luís Melo, para merecer essa atenção das estruturas do PSD de Sto. Tirso?”. Pelos vistos sou importante suficiente para merecer uma patética reunião de CP que deliberou sobre o “Caso Luís Melo” (depois do Freeport e do Face Oculta, aqui está outro. Simplesmente ridículo).

Nesse e-mail Alírio disse também que não seria “o Luís a provocar uma crise política entre o PSD e o Núcleo de Santo Tirso/S. Miguel, na pessoa do seu presidente”. É verdade, não fui eu que criei a crise, foi o próprio Alírio que naquela deliberação demitiu, à revelia dos estatutos, José Pedro Miranda de presidente do Núcleo, dirigindo-se a ele como “ex-presidente”.

O PSD Sto. Tirso funciona portanto desta maneira. É uma coutada de meia dúzia de militantes que delibera a seu bel-prazer sem fazer caso dos estatutos, dos direitos dos militantes e ultrapassando as instâncias competentes superiores. Poderia ter instaurado um processo disciplinar à minha pessoa, e depois todos seriam ouvidos pelo Conselho de Jurisdição, que decidiria em conformidade. Mas não! Resolveu aplicar a “Lei da Rolha 2.0” (a outra é só nos 60 dias que antecedem eleições, esta é sempre que apetece)

Aproveito para relembrar a estes senhores algumas passagens dos Estatutos do partido:

Artº 2º “A organização e prática do Partido são democráticas, assentando em: a) Liberdade de discussão e reconhecimento do pluralismo de opiniões

Artº 6º nº 1 “Constituem direitos dos militantes: […] c) Discutir livremente os problemas nacionais e as orientações que, perante eles, devem assumir os seus órgãos e militantes; d) […] não sofrer sanção disciplinar sem ser ouvido em processo organizado perante a instância competente

Artº 45º nº 1 “Compete ao Conselho de Jurisdição Distrital: […] c) Instruir e julgar em primeira instância os processos disciplinares

Artº 71º nº 4 “Sem prejuízo dos nºs 1, 2 e 3 deste artigo, os membros dos órgãos electivos do Partido mantêm-se em funções até à eleição dos novos titulares

PSD: O porquê do meu voto

Até agora não tinha decidido o meu voto nas eleições internas do PSD 2010. À partida, e à 1ª vista nenhum dos candidatos preenchia todos os requisitos que acho o líder do PSD deve ter. Mas que queria eu? Um Sá Carneiro? Não existe. E neste momento particularmente dificil para o país, tenho de escolher o próximo primeiro-ministro entre JPAB, PR ou PPC.

Desde muito cedo que ao contrário da maioria não entrei em “clubismos”, porque não vejo a política como o futebol. Pensei, e disse, que deveria esperar por conhecer as ideias e as equipas dos 3 candidatos antes de decidir quem escolher. Li portanto as moções de estratégia das 3 candidaturas e procurei saber quem as acompanha de mais perto.

PR faz na sua moção um diagnóstico do país perfeito. Melhor até do que provavelmente ouvi até agora outros (como Medina Carreira ou Ferreira Leite) fazerem. Mas, mais do que isso PR aponta rumos que são definitivamente aqueles que Portugal precisa de seguir e propõe medidas genéricas de como ultrapassar esta situação de crise financeira, económica, social e de valores.

PPC, tal como no seu livro (Mudar), faz o mesmo exercício de PR. Um pouco à imagem (até lhe chamaram cópia) do que fez Marques Mendes no seu livro (Mudar de Vida). Aponta o que está errado na sociedade e na economia portuguesa, mas principalmente o que está mal no Estado. Além disso enumera também algumas medidas a tomar, mas quase todas elas são um lugar-comum.

JPAB tem reconhecidamente a melhor moção de todas. Já muitos disseram que esta moção personificada por outra figura (talvez Rui Rio) seria o projecto perfeito para o PSD e para Portugal. Mais do que falar nas coisas que estamos fartos de ouvir (défice, dívida, crise, etc.) fala em inovação, propõe várias medidas em concreto a aplicar, e tem uma linguagem nova, diferente do habitual.

Sobre as equipas, parece-me que não há dúvida nenhuma. Ontem num debate organizado pelo Psicolaranja, ouvi com imenso gosto o mandatário de JPAB, Diogo Vasconcelos (estava presente P Pinto por PPC e ZL Arnaut por PR). Posso dizer que fiquei muito impressionado pela positiva. É aquela atitude humilde, verdadeira, inteligente, positivista, inovadora, futurista que precisamos. É aquela nova linguagem que nos chama e que nos faz acreditar. É aquela maneira de ver as coisas, e a vontade de as fazer que nos pode tirar do pântano.

Esta é que é a verdadeira “nova geração” de políticos. Estes é que podem “renovar” a classe política. Não me deixo levar por “mudanças” ou “renovações” feitas por quem já anda nisto há 30 anos, tem as mesmas caras de sempre atrás (as dos interesses, dos caciques, etc.) e mais do que isso, tem a mesma ideia do que é a política.

JPAB pode não ter a retórica de PR ou a apresentação de PPC, mas… depois da retórica de Guterres e Durão e da apresentação (e retórica também) de Santana e Sócrates, não é disso que estamos fartos? Portugal precisa de homens como os que JPAB juntou à sua volta: Rui Rio, Diogo Vasconcelos, Alexandre Relvas.

Sabemos que para governar precisa do PSD e das bases e por isso a equipa tem também Costa Neves, José Eduardo Martins, e o próprio JPAB. Além disso conta também com a experiência e sabedoria de Mota Amaral, Miguel Cadilhe ou Conceição Monteiro. E com a capacidade técnica e inteligência de Miguel Frasquilho ou Rodrigo Adão da Fonseca.

JPAB pode não ser o político que idealizamos mas… e Cavaco era? Também não era. Mas juntou à sua volta uma equipa que colocou Portugal na rota do desenvolvimento. Além da sua visão e capacidade contou com Eurico de Melo para segurar o governo e o partido, com a capacidade técnica de Miguel Cadilhe, com o bom senso de Silva Peneda, com a inteligência de António Capucho, com a juventude e vontade de Durão Barroso.

Não farei como outros. Não irei apostar no “voto útil” contra alguém. Vou votar a favor. A favor de José Pedro Aguiar Branco. A favor de um novo PSD que tem orgulho do seu passado e não tem medo do seu futuro. Um novo PSD que deve soltar-se das amarras dos partidos do século XX e inovar para o século XXI. No dia 27 seja qual for o resultado, cá estarei para colaborar no meu papel de militante de base.

Sondagens por encomenda?

Vai aí uma discussão enorme sobre a sondagem do jornal SOL que dá a vitória a Pedro Passos Coelho (51%) nas eleições internas do PSD. Note-se que a mesma dá 31% a Paulo Rangel e 8% a José Pedro Aguiar-Branco. Eu, não acredito em sondagens. Em nenhumas! Dêem elas vitória ou derrota ao meu escolhido.

Há muitos meses atrás escrevi: “as sondagens são instrumentos do sistema. Quando se prevê a possibilidade de alguém – que promete acabar com o sistema – ganhar umas eleições, logo vêm as sondagens encomendadas para tentarem evitar ou descredibilizar a candidatura desta pessoa. Foi o que aconteceu, se bem se recordam, com Rui Rio nas Autárquicas de 2001. Rui Rio prometeu acabar com o sistema que existia à volta da CM Porto, e por isso os que viviam da corrupção e do compadrio apressaram-se a pedir sondagens que lhe davam a derrota

Também nas eleições Autárquicas de 2001 as sondagens davam derrota para Santana Lopes em Lisboa, Luis Filipe Menezes em VN Gaia, António Capucho em Cascais ou Fernando Seara em Sintra. Mesmo com estas sondagens nenhum deles se deixou abalar, não desistiu, candidatou-se, lutou e venceu. Ainda recentemente, as sondagens para as eleições Europeias 2009 não deixam esquecer os tristes desempenhos das empresas que fazem estes estudos e que davam 40% ao PS, 30% ao PSD e 4% ao CDS!!

O facto de Alexandre Picoito, director executivo da Pitagórica – empresa que realizou a sondagem interna – fazer parte da Comissão de Honra de PPC nada me diz. Acredito, tal como o Nuno Gouveia, que será apenas uma coincidência. Mas permitam-me dizer que não abona nada a favor do (des)crédito que as sondagens têm para mim.