Governo “Pessoas de pouca vergonha”

Cara de pau, falta de carácter, descaramento, hipocrisia, desonestidade intelectual… é o que me apetece dizer da maioria dos nossos Governantes.

No léxico de José Sócrates e sus muchachos não existem palavras como: ética, moral, verdade, responsabilidade, integridade, honestidade, coerência.

Neste momento, para os membros do governo não há limites. Tudo se pode fazer e tudo se pode dizer. O que é verdade cristalina agora, é a maior das mentiras daqui a 5 minutos.

Sócrates diz que PSD faz chantagem ao ameaçar chumbar OE2011. E o que faz Sócrates ao ameçar demitir-se se OE2011 não for aprovado?

Sócrates diz que é preciso entendimento para dar sinais “lá fora” de estabilidade. Mas depois vai “lá fora” dizer aos micros da comunicação dita social, que se demite.

Razão tinha Luís Campos e Cunha neste seu artigo no Público…

TGV: Ler, lembrar, reflectir, pensar, confirmar, julgar

Chegou o anúncio de que o Governo irá suspender mais um dos troços do TGV. Depois do Porto-Vigo e do Lisboa-Porto, é agora a vez do Lisboa-Poceirão. Já só falta o troço Poceirão-Caia.

Sobre este assunto já falei várias vezes, e há muito tempo. Primeiro, em Outubro 2008, questionei sobre o porquê de não se continuar a investir no Alfa Pendular em vez de partir para o TGV e depois, em Abril 2009, questionei sobre os critérios apresentados pelo governo na escolha dos percursos, da estratégia e do retorno.

Sendo assim, não me vou repetir. Convido-os apenas a ler ou reler os meus posts e também a…
… Relembrar o que Manuela Ferreira Leite disse na campanha para as legislativas 2009
… Reflectir sobre o porquê de muitos de vós não terem votado PSD
… Pensar se não teria sido melhor votar PSD
… Confirmar que José Sócrates anda – com 1 ano de atraso – a fazer tudo o que vários vaticinavam
… Julgar se o mundo está sempre a mudar de 15 em 15 dias
… Questionar a capacidade deste governo e deste Primeiro-Ministro

Claro que já de seguida virão os socratianos (como o João Galamba) dizer que o TGV não foi cancelado, foi adiado por 6 meses. Como se o problema da dívida portuguesa, ou a crise económica, fosse desaparecer nessa janela curta de tempo.

Enfim. É gente desonesta intelectualmente, sem carácter ou personalidade, que mentiu aos portugueses. Gente que apesar destas trapalhadas todas não tem um pingo de vergonha na cara, e ainda vem com uma enorme cara de pau tentar atirar mais areia aos olhos dos portugueses.

Obrigado pelo aumento de impostos!

Hoje o Primeiro-Mentiroso José Sócrates anunciou um novo aumento de impostos. E desta vez é um aumento brutal. IVA, IRS, IRC, etc. Vou-me escusar de fazer referência às causas e aos culpados por esta situação. Mas uma coisa é certa, este aumento servirá para cobrir as asneiras que são consequência da incompetência e ganância do Governo PS.

Este post, no entanto, serve apenas para agradecer à maioria dos portugueses, o facto de eu (e outros que não têm culpa) ter de trabalhar mais e melhor ainda, ter de fazer mais e maiores esforços, adiar e protelar mais os projectos e desejos. Isto, para poder continuar a viver de forma despreocupada, desafogada e de consciência tranquila.

Portanto, obrigado àqueles portugueses egoistas que não vão votar porque nesse dia mais vale ir para a praia. A vida corre bem, e desde que o que ganham dê para ter um BMW e ir de férias para o Brasil, está tudo bem.

Obrigado àqueles portugueses que não se interessam pela política porque acham que não tem influência nas suas vidas. Já dizia Platão “O preço a pagar por não te interessares por política é seres governado pelos teus inferiores”.

Obrigado àqueles portugueses que não fazem sequer o esforço de pensar pela própria cabeça e acreditam em tudo o que dizem os bem falantes políticos e a comunicação “dita” social. E assim chegam ao dia de votar e vão com o rebanho.

Obrigado àqueles portugueses que vêem a política como se de um campeonato de futebol se tratasse, e os partidos como se de um clube se tratasse. Defendendo e encobrindo as asneiras dos seus dirigentes e “jogadores” ao ponto de não perceberem que isso tem consequências gravíssimas para os seus concidadãos.

Obrigado àqueles portugeses que se dizem “empresários” e têm como modelo o próprio José Sócrates. Esses que pensam que o mais importante é a aparência, e depois vai-se fazendo pela vida e tentando ganhar uns negócios. Nem que esses negócios seja menos lícitos ou que para os ganhar seja preciso vender a dignidade ou até a mulher.

Obrigado a muitos outros portugueses, que votaram em José Sócrates e no PS nas eleições legislativas de 2009 (já dou de barato as de 2005).

Diminuir défice? Começem pelo mais dificil !!

Todas as empresas privadas que conheço tomam certas medidas de poupança de recursos. Todos os gestores destas empresas percebem que é com as pequenas coisas que se podem fazer grandes poupanças. Daí que as primeiras medidas a tomar tenham sido o controlo do papel nas impressoras, das impressões a cores, da distribuição de material de escritório, da gasolina e pneus nos automóveis, das chamadas nos telemóveis, das luzes acesas fora do horário de trabalho, etc.

Algumas destas empresas de que falo têm 10 funcionários, outras 1000. O que seria se no Estado (governo, empresas públicas, institutos, repartições, etc.), com cerca de 700.000 funcionários, se fizesse este controlo? E não venham dizer que é uma gota no oceano. A empresa na qual trabalho tem cerca de 2000 funcionários, é líder na sua área de negócio e é uma empresa cotada em bolsa. Se estas poupanças não fossem reais e não tivessem peso algum, os seus gestores de topo não perdiam tempo com elas.

Ao contrário do que parece, estas são as medidas mais difíceis a tomar. Isto significaria tirar pequenas ou grandes benesses aos funcionários públicos, desde o funcionário de balcão da repartição até ao Ministro. Para um Governo sem coragem e mais preocupado com os seus boys, como é o de José Sócrates, é bem mais fácil aumentar impostos.

PEC – Programa Enganar Cidadão

O tão esperado PEC, que muitos pensariam ser a solução para os nossos problemas, apenas traz mais do mesmo. Medidas que sacrificam a classe média, que atacam demagogicamente os ricos (para inglês ver), que desprezam ainda mais os desprotegidos e que no final pouco ou nada adiantam para que se coloque as contas públicas em ordem. Senão veja-se…

Os funcionários públicos perderão poder de compra (e o congelamento dos salários não está colocado de parte), a redução das deduções fiscais na saúde e educação comportarão um encapotado aumento de impostos, e as SCUTS vão ser portajadas.

A demagogia continua ao criar-se uma taxa de 45% no IRS que incidirá sobre os rendimentos superiores a 150 mil €/ano, e colocando as mais-valias conseguidas através de vendas mobiliárias tributadas a 20%. Além disso, também as mais-valias obtidas com operações realizadas num período superior a um ano serão tributadas. Mais demagogia na redução de 40% das verbas para a Lei de Programação Militar.

Os pensionistas cujo valor da reforma é superior a 22500 €/ano vão pagar mais impostos e o desemprego será superior a 9% durante os próximos quatro anos.

A confirmação de que estas medidas de pouco ou nada adiantam, vem com o anúncio de que o TGV (essa obra estratégica e impreterível segundo Sócrates durante a campanha eleitoral) vai ser adiado, e que o Governo (que tanto atacou MFL com as receitas extraordinárias) pondera pôr à venda as suas participações nos CTT, EDP, REN, TAP, GALP e seguros da CGD.

Razão tem Pedro Santos Guerreiro no Jornal NegóciosQualquer leitor de jornal percebe à primeira de que forma vai pagá-lo. Mais impostos, menos apoios sociais, menos salários no Estado” […] “As taxas dos impostos não aumentam, mas a razia nas deduções fiscais vai acabar pôr a classe média a pagar mais IRS no fim do ano” […] “A carga fiscal sobe e, pelo meio, atacam-se incentivos errados” […] “O PEC português foi construído à porta fechada, dispensando o acordo dos partidos, dos sindicatos e dos patrões” […] “os países afectados pela crise nos mercados internacionais estão a construir uma história (redução salarial na Irlanda, corte do subsídio de férias na Grécia, aumento da idade de reforma em Espanha)“… e nós estamos assim.

Interesses (pess)o(nacion)ais

Não vale a pena fazer mais considerações às actuações do primeiro-ministro, dos governantes, dos altos representantes da justiça, dos administradores das grandes empresas, dos banqueiros, dos reguladores, das autoridades. Está tudo visto… há muito tempo. Como dizia Lobo Xavier na “Quadaratura do Círculo“, não é preciso ler escutas para saber o que se passa.

O que interessa agora, chegados a este ponto, é que Portugal não pode continuar assim. Liderado por este bando de homens gananciosos, arrogantes, corruptos, incompetentes, incapazes e sem carácter. Passamos por uma grave crise económica, financeira, social e de valores. E este Governo tem de ser demitido para termos algumas hipóteses de recuperar.

Qualquer coisa é melhor do que isto. Mas pelos vistos, mais uma vez, os responsáveis – aqueles que elegemos para tomarem conta do nosso futuro e para nos representarem nos orgãos da democracia – colocam os seus interesses pessoais e corporativos à frente dos interesses nacionais.

1 – O PR Cavaco Silva não demite o governo porque pensa nas eleições de Janeiro 2011. Não tenho a mais pequena dúvida que, se as eleições presidenciais tivessem sido em Janeiro 2010, este Governo já estava no olho da rua.

2 – O PSD não apresenta uma moção de censura porque tem medo de ser acusado de provocar uma crise política – a somar à crise social, económica e financeira – e de assim se ver fragilizado numas futuras eleições.

3 – O CDS também não o faz porque não quer passar a imagem de desestabilizador. Tem-se esforçado por manter a atitude politicamente correcta que lhe deu os 12%. Aposta na mesma táctica para subir no próximo acto eleitoral

4 – O PCP e o BE, por muito que digam mal de Sócrates, preferem ter lá o PS do que abrir a porta para um governo PSD ou uma coligação PSD-CDS. Ainda têm o trauma da direita e esquerda. Algo que nos dias de hoje, para mim, já não existe.

Ou seja, todos zelam pelos seus próprios interesses. Mas esquecem-se do superior interesse de Portugal. Esquecem-se que adiar a queda deste governo para 2011 é dar a Portugal e aos portugueses mais 2 anos de atraso. Tempo esse que poderá ser definitivamente fatal.

Facto político para esconder incapacidade


Portugal está hà muito mergulhado numa grave crise económica, financeira e social. A prova disso são os encerramentos de empresas e os desempregados que vemos diariamente. Além dos vários diagnósticos feitos, houve também do lado do Governo o anunciar de muitas soluções para o problema. Disse-se que a preocupação máxima era ajudar as pessoas que perdiam os seus empregos, e injectar confiança na economia para que fosse possível atraír novos investimentos empresariais. Como sempre, as promessas de José Sócrates falharam.

O Governo de Sócrates – tal como o de Guterres – sabe que está metido num pântano e não tem solução para de lá saír. Mas Sócrates não quer fugir como o seu antecessor socialista, porque tem interesses a mais, e não sabe agora viver de outra forma que não seja no poder. Sócrates construiu a sua posição com base nas amizades e compadrios. Ou seja, quando deixar de ter o lugar de destaque que lhe permite distribuir benesses, todos os amigos e apoiantes desaparecerão. O que acaba por ser natural, já que essas pessoas só são amigas de quem “lá está” (no poder, leia-se).

Mas o PM também corre o risco de ter de enfrentar umas eleições antecipadas se vir o seu Orçamento de Estado reprovado. E com tanta coisa que se tem vindo a passar – principalmente o esquecimento das promessas referidas acima – seria provável que as perdesse. Então a solução que vê para sair deste problema por cima é, mais uma vez, enganar as pessoas. Ou seja, tomar algumas medidas fáceis e mediáticas que tinha no seu programa (como casamento gay), para depois poder dizer que está a tentar cumprir promessas. E além disso, disfarçar a tomada de decisões importantes como a regionalização ou o carro eléctrico (coisas com valor, mas não prioritárias). Depois, a vitimização – em que Sócrates é experientíssimo – fará o resto.

Estou contra o casamento entre homossexuais, porque isso vai contra as bases antropológicas da sociedade em que vivemos. Não é uma questão religiosa (como alguns querem fazer passar, porque sabem a descrença na religião que prolifera na sociedade, tentando ficar assim em vantagem na opinião pública), mas cultural. Na nossa sociedade não se aceita (ao contrário de outras) que a mulher é um ser inferior, porque foi assim que a construímos. Da mesma maneira, a nossa sociedade não foi construída para que houvesse casamentos entre homossexuais. Alguma coisa contra eles? Nada. Daí os aceitarmos e até termos consagrado a figura da União de Facto.

Para que quer agora o PS fazer aprovar o casamento entre homossexuais? Algo que até hà bem pouco tempo os socialistas desprezavam tanto que até inventaram uma lei do divórcio que permitia aos casados descasarem mais rápida e fácilmente. Isto é de uma incoerência enorme, e só se justifica com a vontade de mostrar promessas cumpridas e criar factos políticos para desviar as atenções do essencial, a falta de capacidade de Sócrates para enfrentar a crise.

Lindo futuro, o nosso

Depois do que disse Medina Carreira sobre o programa Novas Oportunidades – lançado pelo governo para disfarçar os números escandalosos do desemprego – e aproveitando a sugestão da Helena Matos, fui ver os conteúdos desse maravilhoso programa socrático que dá equivalência a 9º e 12º anos.

Dei uma vista de olhos aos programas dos módulos de Matemática para a VidaTecnologias informação comunicaçãoCidadania e empregabilidadeLinguagem e comunicação. Concluí o seguinte…

Andei eu a marrar na Matemática… fracções, integrais, derivadas, etc… e agora nas Novas Oportunidades aprende-se (entre outros assuntos) a Ler e interpretar tabelas, por exemplo: de relação peso/idade, de peso/tamanho de pronto-a-vestir.

Andei eu, num curso de Engª Electrotécnica (para ser consultor em TI)… electrónica, telecomunicações, sistemas de informação… e nas Novas Oportunidades aprende-se (entre outros assuntos) Introduz/altera contactos telefónicos na agenda de um telemóvel

Andei eu a estudar português e a ler tanto para me educar e cultivar…. e nas Novas Oportunidades aprende-se (entre outros assuntos) a Fazer corresponder mudanças de assunto a mudanças de parágrafo

Andaram os meus pais a educar-me para eu saber viver em sociedade… e nas Novas Oportunidades aprende-se (entre outros assuntos) a Ouvir os outros participantes num grupo

Estou portanto completamente elucidado quanto ao valor dos cursos das Novas Oportunidades. Não há dúvida nenhuma que era uma boa oportunidade para dar mais competências a pessoas que estavam desempregadas. Aproveitar para lhes dar uma ocupação, e ao mesmo tempo ajudá-las a crescer e encontrar facilmente mais e melhores empregos. Mas tudo não passa de, como diz Medina Carreira, “uma trafulhice de A a Z… uma aldrabice”.

Visão, Capacidade, Reputação, Sucesso

No seguimento do post anterior, deixo ficar aqui os vídeos da brilhante participação de Rogério Carapuça (fundador e Presidente da Novabase) no “Prós e Contras” de 26 Out 2009:

1ª parte
2ª parte

E repito também a não menos brilhante participação de José António Salcedo (fundador e CEO da Multiwave Photonics) nas Jornadas Parlamentares do PSD em 23 Nov 2009:

1ª parte
2ª parte

Isto é que são homens com visão e capacidade, gestores conceituados, empresários com sucesso. Quem dera que algum dia Portugal os chamasse (e a outros que por aí andam) para governarem o país.

Música dedicada a Ana Paula Vitorino

Esta é dedicada à ex-Secretária de estado das Obras Públicas, Ana Paula Vitorino:

Vê se pões a gargantilha
Porque amanhã é domingo
E eu quero que o povo note
A maneira como brilha
No bico do teu decote

E se alguem perguntar
Dizes que eu a comprei
Ninguem precisa saber
Que foi por ti que a roubei

E se alguém desconfiar
Porque não tenho um tostão
Dizes que é uma vulgar
Joia de imitação

Nunca fui grande ladrão
Nunca dei golpe perfeito
Acho que foi a paixão
Que me aguçou o jeito