Chega o “Dunning Kruger effect” para fazer prova

Nas minhas habituais leituras tomei conhecimento recentemente de algo interessante. Algo que eu tinha para mim como possível mas que não conseguia dar como provado. Pois finalmente David Dunning e Justin Kruger provaram-no.

Chama-se “Dunning Kruger effect” e é um desvio cognitivo em que indivíduos incompetentes sofrem de uma superioridade ilusória, levando-os erradamente avaliar a sua própria capacidade como muito superior à média ou à realidade.

Este desvio é atribuído a uma incapacidade metacognitiva, por parte dessas pessoas incompetentes, para reconhecer os seus erros. Kruger e Dunning dizem que as pessoas incompetentes:

  1. Tendem a avaliar excessivamente as suas capacidades
  2. Não reconhecem as genuínas capacidades dos outros
  3. Não reconhecem as suas verdadeiras incapacidades

No entanto nada parece estar perdido já que Kruger e Dunning dizem que essas pessoas incompetentes reconhecem e admitem as suas incapacidades se forem expostos a formação na área em que se acham capazes, e na realidade não são.

O problema é que muitas vezes, como essas pessoas se têm em grande conta e em grande superioridade, acham que não têm de se submeter a qualquer tipo de formação porque estão convencidos que já sabem tudo o que é preciso.

Eu conheço muita gente que sofre do “Dunning Kruger effect“, nas mais variadas áreas. No Desporto, na Cultura, na Saúde, na Educação, na Economia. Mas principalmente no mundo empresarial e também na política.

E é também por isso que Portugal está assim…

Mais um ignóbil artigo no “Santo Tirso Jornal”

Neste artigo, o autor do “Santo Tirso Jornal” especula sobre uma teoria da conspiração que lhe convém e que tenta esplanar de forma a fazê-la parecer verdade. Fala em “estratégias” do Presidente da CMST.

Repare-se que em lado nenhum se vêem citações de quem quer que seja. O artigo reflecte apenas e só a opinião do seu autor que claramente não tem qualquer intenção de informar mas apenas influenciar o leitor.

Para além disso faz assunções e tira as suas próprias conclusões tentanto fazer passar a ideia de que são as generalizadas e aceites pela maioria dos Tirsenses. Fala, sem direito, em nome de “muitos“.

Escreve com linguagem pouco própria do jornalismo e de um orgão de comunicação social (que manifestamente não é), usando palavras irascíveis ou pontos de exclamação. Tenta disfarçar falando de “fontes“.

O autor fala em “promessas” e “prémios” que Castro Fernandes e outro alto dirigente do PS Porto terão dado em surdina. Mas se essas hipotéticas acções foram feitas à socapa, como pode logo este Jornal saber?

Mas o mais grave vem no fim onde o autor tira a conclusão de que Luís Freitas (que todos os Tirsenses têm em grande consideração) apoia Joaquim Couto “para se vingar” e diz “a vingança serve-se fria“.

Este é mais um ignóbil artigo publicado neste site onde um pretenso candidato à CMST escreve a coberto do anonimato, tentando fazer-se passar por um independente jornalista, enganando os mais incautos.

Isto é de uma cobardia e desonestidade intelectual atroz. Eu, como militante do PSD Santo Tirso, sinto vergonha alheia.

“Lisboa” decidiu: Santo Tirso fica com 14 Freguesias

Foi há quase mais de 1 ano que escrevi, no jornal “Notícias de Santo Tirso” dois artigos de opinião sobre a Reforma Administrativa do Território. Abordei a questão de forma genérica e posteriormente dei uma sugestão para Santo Tirso.

Alertei para o facto de os nossos representantes políticos não estarem a dar a devida atenção a esta questão, e também para o facto de estarem a usar de demagogia e populismo na sua abordagem. Bem como de negligência e displicência.

Quando finalmente se viram obrigados a pronunciar-se fizeram-no sem o debate, estudo e discussão necessárias. Acusei-os nessa altura de estarem apenas a “Olhar para o seu umbigo“. Deputados municipais, presidentes de junta e vereadores.

Tal como vaticinei vamos assim ter “uma reorganização feita por alguém que, num gabinete de Lisboa, não conhece a realidade do concelho“. Neste caso, os membros da UTRAT – Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território.

Transcrevo de seguida as partes mais importantes da decisão:

Santo Tirso é um Município Nível 2 […] 6 lugares urbanos (Rebordões, São Martinho do Campo, Santo Tirso, São Tomé de Negrelos, Vila das Aves)[…] Deverá alcançar-se uma redução de 10 freguesias“.

Assembleia Municipal pronunciou-se no sentido de manter a totalidade das freguesias […] De acordo com a lei deliberação da AM que não promova a agregação de quaisquer freguesias é equiparada a ausência de pronúncia […] Em caso de ausência de pronúncia da AM, a UTRAT deve apresentar à AR propostas concretas de reorganização

UTRAT resolveu apresentar duas soluções: Proposta “A” corresponde à estrita aplicação das percentagens e proporções previstas […] Proposta “B” olha para percentagens e proporções previstas mas atende a certas especificidades territoriais do município. UTRAT considera que a proposta “B” contitui uma resposta adequada“.

Proposta A – 14 Freguesias
– Agregação de Burgães, Santa Cristina, São Miguel, Santo Tirso
– Agregação de Palmeira, Lama, Sequeirô, Areias
– Agregação de São Salvador, São Martinho, Vilarinho
– Agregação de Guimarei, Lamelas

Proposta B – 14 Freguesias
– Agregação de Burgães, Santa Cristina, São Miguel, Santo Tirso
– Agregação de Palmeira, Lama, Sequeirô, Areias
– Agregação de São Salvador, São Mamede, São Martinho
– Agregação de Guimarei, Lamelas
– Agregação de São Tiago da Carreira e Refojos

Portanto aqui está a decisão dos “senhores de Lisboa”! Boa ou má, é esta que deverá ser aplicada. As populações que não estejam contentes com a decisão podem sempre responsabilizar os seus representantes nas juntas e na câmara, por se terem demitido das sua funções e fugido às suas responsabilidades.

A forma, o discurso e o projecto pessoal do candidato

Há muitos meses atrás escrevi um post acerca do nascimento de um novo “órgão de comunicação social” em Santo Tirso. Suspeitei e sugeri que fosse uma “tentativa de utilização encapotada de órgãos de comunicação social para cumprir objectivos políticos pessoais”.

Há umas semanas atrás escrevi um post acerca da forma e conteúdo do discurso do líder da oposição na CMST. Considerei-o “um discurso violento, agressivo e irascível (a vermelho). Complexo e incompreensível (a verde). Demagógico e populista” (a azul).

Confirmam-se ambas as constatações na imagem abaixo?

Nota: Clique na imagem para aumentar. Imagem de notícia no “Santo Tirso Jornal”

Customer Experience: What and Why

Walt Disney once said: “Do what you do so well that they want to see it again and bring their friends“. This explains the link between Customer Experience and Loyalty & Advocacy.

As I wrote before, nowadays no company can differentiate only on product innovation or lower price. Differentiation has to be achieved by delivering a better Customer Experience.

And actually research shows that 86% of consumers are willing to pay more (up to 25% more!) for a better Customer Experience. Therefore companies have to focus on this new trend.

Customer Experience is the sum of all the interactions a customer has with a company during their customer lifecycle, and has become a key strategy on today’s hyper competitive market.

A company-customer relationship does not start with purchase and ends with delivery. It exists in an infinite loop that’s reinforced as the customer interacts with the company over time.

Delivering a good Customer Experience implies that companies have to focus on their customers’ needs, taking into account that today we live in a hyper connected global marketplace.

Companies have to deliver consistent and seamless experiences across all channels (store, web, mobile, phone, mail). And they have to do it before, during, and after customers’ purchases.

Furthermore companies have to be where their customers are. They must be present on the social networks as well. They have to provide their services on Facebook, Twitter, etc.

Being able to provide a better Customer Experience is the only way to succeed in turning an angry or unresponsive customer into a satisfied, loyal or even advocate customer.

If a company can succeed on this, it will decrease churn, maximize retention, acquire new customers (by recommendation), and therefore increase profit and growth.

Also in www.luismelo.org

Como um só cliente “abala” uma empresa gigante

O trend de hoje no mundo dos negócios chama-se CX – Customer Experience. Nenhuma empresa poderá sobreviver no futuro próximo sem ter em conta e sem investir nesta estratégia que pretende melhorar a “Experiência” do seu cliente.

Hoje, nenhuma empresa consegue diferenciar o seu produto apenas pelo preço ou pela inovação. Os concorrentes conseguem rapidamente criar um produto similar e a luta por preço baixo tira lucro. “Experiência” é o que diferencia.

E se ainda há muitas empresas – mesmo algumas grandes – que têm dúvidas e são cépticas em relação à importância do CX – Customer Experience, deixo aqui uma história que demonstra bem a ideia do CX e os seus efeitos.

Em 2008 David Carroll e a sua banda (os “Sons of Maxwell”) viajaram na United Airlines desde Chicago para dar um concerto no Nebraska. Ao chegar ao destino David viu que a sua guitarra de 3.500$ tinha sido danificada.

Todos sabemos, e muitos testemunhamos (como foi o caso do David Carroll), a maneira como os funcionários das companhias aéreas tratam a bagagem que é transportada no porão dos aviões. Daí o David ter feito uma reclamação.

Como é habitual nos dias que correm, na United Airlines o processo de reclamação foi extenso e penoso. Durante 9 meses David Carroll falou com dezenas de pessoas, e todas elas empurravam a responsabilidade para o próximo.

Finalmente a resposta definitiva chegou e foi “Não”. A United Airlines não iria assumir responsabilidades e não iria pagar a guitarra. David Carroll aceitou a resposta mas prometeu criar uma música e publicá-la no Youtube.

No primeiro dia a música atingiu as 25 mil visualizações e tornou-se viral. Uma das pessoas que viu trabalhava na CNN e levou “o caso” para a televisão. Em pouco tempo o vídeo ultrapassou 12 milhões (!!) de visualizações.

Isto fez com que as acções da United Airlines descessem 10% e uma empresa que valia 2 Biliões $ passou (de um momento para o outro) a valer 1.8 Biliões $. Tudo por causa de uma guitarra que valia uns “míseros” 3.500 $.

As empresas têm de melhorar a “Experiência” dos seus clientes e não podem desprezar nenhum deles. Doutra forma correm o risco de ser “vítimas” do poder das redes sociais onde o seu cliente “é que mais ordena”.

Sto. Tirso: Quando o feitiço se vira conta o feiticeiro

Sou daquelas pessoas que acho que a Vitória é de todos, tal como a Derrota é de todos. Seja ao nível pessoal (onde se partilha com a família), profissional (onde se partilha com os colegas), desportivo (onde se partilha com os membros da equipa), ou político (onde se partilha com os membros da lista).

Este post pretende falar sobre os resultados em política. Ninguém em política ganha sozinho, como também ninguém perde sozinho. Até porque em política o que conta não são só as pessoas que lideram os processos, mas a sua equipa, os seus projectos, as suas estratégias, e a forma como o defendem e comunicam.

Da mesma forma ninguém passa de bestial a besta por ser derrotado, ou de besta a bestial por sair vitorioso. Grandes políticos foram derrotados antes de vencerem e provarem as suas capacidades. Em Portugal temos muitos. Desde Francisco Sá Carneiro até alguns que ainda hoje estão no activo.

Em Portugal esta lógica não é assim tão linear. Se ela se aplicar á minha Derrota, perdemos todos. Mas na Derrota do meu adversário, foi insucesso pessoal. Se eu perder umas eleições, posicionei-me para as próximas. Se o meu adversário perder, deve abandonar e dar o lugar a outro.

Vem isto a propósito de a liderança actual do PSD Santo Tirso estar permanentemente a apontar o resultado do PSD, em São Miguel do Couto, nas Autárquicas 2009, para atacar a pessoa que liderou o processo. Pessoa essa que teve a coragem de se candidatar, pelo PSD, sabendo quão difícil seria vencer.

Se esses senhores querem atestar a capacidade política de uma pessoa apenas pelo facto de a sua equipa ter perdido umas eleições, então apliquemos-lhes a mesma lógica, e tiremos as mesmas conclusões. A liderança actual do PSD Santo Tirso perdeu:

Autárquicas 2009
PS 48%, PSD 42% (baixou em relação a 2005)

Europeias 2009
PS 37%, PSD 30% (baixou em relação a 2004)

Legislativas 2009
PS 48%, PSD 28% (baixou em relação a 2005)

Legislativas 2011
PS 39%, PSD 37%

E também poderia referir o resultado do PSD na freguesia de quem lidera o PSD Santo Tirso, nas Autárquicas 2009: PS 56%, PSD 35%.

De sublinhar que em 3 das 4 eleições acima referidas, o PSD venceu a nível nacional, mas nunca no concelho de Santo Tirso. Estamos conversados?

Francisco Anacleto: de besta a bestial

Francisco Louçã renunciou ontem ao mandato de deputado e abandonou o Parlamento. Um dos maiores demagogos da história de Portugal deixou de ser deputado. No meu entender, ainda bem. Mas nas redes sociais só vejo elogios ao Anacleto.

Não surpreende. Em Portugal sempre foi assim. Depois de morrerem (neste caso, em sentido figurado) todos passam de bestas a bestiais. Todos se transformam automaticamente em bons homens e mulheres que deram contributos à sociedade.

É aquela hipocrisia de ser “politicamente correcto” tão portuguesa nos dias que correm. Podem ter passado 13 anos a dizer o piorio do Anacleto, mas agora que ele se vai embora dedicam-lhe declarações de amor e gratidão pelo seu serviço.

Ouço e leio gente (de todos os quadrantes políticos e partidos) a dizer que é uma pena porque se perde um grande parlamentar. Um grande parlamentar! Onde? Não há dúvida que os portugueses têm os representantes que merecem no parlamento.

As pessoas acham que um grande parlamentar é aquele que tem a “coragem de debater cara-a-cara” com o PM. Que não tem medo de lhe “dizer umas verdades”. Que tem o à-vontade para “afrontar” (ou direi “insultar”) o Governo e os seus pares.

Para isso não é preciso ser professor catedrático ou uma mente brilhante (algo que por sinal o Anacleto não é). Para isso basta um qualquer Tino de Rãs sem polidez e cortesia. Sem nada a perder, e com a suficiente ousadia e descaramento.

Ser um grande parlamentar é muito mais do que conseguir articular um discurso redondo sem qualquer tipo de conteúdo. É muito mais do que conseguir, na altura certa, atirar uma boa laracha para gáudio da sua bancada e irritação das outras.

Ser um grande parlamentar é ter a capacidade de argumentar a favor das propostas que se defende de forma a conseguir convencer os outros de que é a melhor solução. É ter na sua génese um verdadeiro sentido de missão e foco no interesse geral.

Dizer que o Anacleto é um grande parlamentar é um insulto a homens como Francisco Sá Carneiro e tantos outros de muitos partidos. Esses sim, que defendiam aquilo que acreditavam ser melhor para os portugueses com determinação e elevação.

Algo que obviamente o Anacleto nunca teve. Foi com ele que se banalizou o “berro”, o “insulto”, o “remoque” na casa da Democracia. Foi com ele que se banalizou a falta de respeito pelo colega da outra bancada e o ambiente crispado.

Don’t get me wrong. Quem me conhece sabe que sou Democrata e que acho que quantos mais partidos melhor. E penso que é valorizador haver partidos que defendem questões fracturantes ou minorias. Mas têm de ser honestos e realistas.

Parecia ser esse o caso do BE inicialmente. Mas rapidamente, sobre a liderança do Anacleto, se tornou num partido demagogo e populista, apenas interessado no terrorismo político. Algo que nem a alguns fundadores agradou, e está à vista.

O Álvaro de Campos do PSD Santo Tirso

Na sequência do post “O António José Seguro do PSD Santo Tirso

Tenho no meu blogue muitos leitores (já ultrapassei os 73.000) e alguns comentadores habituais. Alguns anónimos, outros bem identificados. Outros há que apenas comentam quando escrevo sobre certos assuntos, nomeadamente sobre o PSD Santo Tirso.

A táctica utilizada por estes é sempre a mesma: entrada de mansinho, para depois partir para o insulto. Nenhum deles rebate um único facto ou apresenta um único argumento. Limitam-se ao remoque, à acusação sem fundamento, e ao insulto.

Mas não é apenas isso que têm em comum. Todos “assinam” com 3 nomes e todos têm emails similares. Todos têm conta no Gmail, colocam os 3 nomes no email, e têm no final um número relativo a um ano. Há aqui falta de imaginação:

Maria Lurdes Rocha – marialurdesrocha89@gmail.com
Jose Maria Ferreira – josemariaferreira90@gmail.com
Joaquim Jorge Pinto – joaquimjorgepinto1980@gmail.com
Luis Filipe Monteiro (já identificado) – luisfilipemonteiro1980@gmail.com

Curiosamente os ip address, apesar de serem diferentes (desta vez o autor teve esse cuidado, já que da outra vez foi apanhado), estão todos alojados no mesmo servidor, com o mesmo ip address latitude e ip address longitude.

Álvaro de Campos ficou conhecido como sendo um dos quatro heterónimos de Fernando Pessoa. Hoje existe outra pessoa, cujas iniciais também começam por “AC”, que provavelmente é amante da obra de Pessoa e por isso também usa heterónimos.

Talvez esteja na altura de essa pessoa começar a esconder melhor os seus heterónimos. Ou então que deixe de ser cobarde, deixe de se esconder atrás de nomes fictícios, ganhe coragem, e venha aqui escrever assinando com o seu nome.

5 Outubro: Festejar República ou Monarquia?

Os portugueses festejam hoje a Implantação da República de 5 de Outubro de 1910, quando na verdade quase nada há para festejar. A Iª República foi o descalabro e o regabofe que se sabe (ou melhor, que quem estudou e se interessou sabe), a IIª República foi marcada pela Democracia musculada (ou Ditadura como alguns gostam de lhe chamar), e a IIIª República é a vergonha e a desgraça a que temos vindo a assistir desde 1974.

Se motivo havia para se festejar neste dia, esse seria o 5 de Outubro de 1143. Dia em que D. Afonso Henriques assinou o Tratado de Zamora. Tratado que transformou o Condado Portucalense no Reino de onde nasceu Portugal. E parece agora não haver dúvidas que este país à beira mar plantado, por coincidência ou não, foi um local muito mais agradável durante o tempo da Monarquia, derrubada no dia que hoje celebram.