(Artigo de opinião publicado na edição de Abril 2014 do Jornal Notícicas de Santo Tirso)
Assaltado pela doença há já vários anos, o PSD Santo Tirso tem tido uma vida difícil e de sofrimento. Agora parece passar por uma fase de agonia antes de morrer definitivamente. O PSD Santo Tirso está moribundo.
Foi atacado por várias doenças: Conveniência, Cobiça, Avidez, Voracidade, Avareza, Vilania, Patifaria, Incompetência, Chico-espertice, Síndrome de Dunning Kruger. Tudo isto agravado por um fatal Cancro do Cacique.
Os sintomas estão à vista: Em Santo Tirso o PSD não vence uma eleição há anos. Seja ela de cariz local, regional ou nacional. Mesmo quando o PSD vence a nível nacional (ex: Legislativas 2011) perde em Santo Tirso.
As últimas eleições autárquicas pareciam ser o golpe final. A derrota estrondosa fazia antecipar “a morte do artista”. Ironia do destino, são os próprios vírus que o atacam a mantê-lo vivo, ligado às máquinas.
Por um lado é compreensível. Todos sabemos que os vírus invadem um corpo e se alimentam dele. No caso de esse corpo morrer, eles também provavelmente irão desaparecer. Pelo que lhes interessa manter vivo esse corpo.
Os sinais confirmam esta teoria, de que o PSD Santo Tirso só está vivo para os vírus se alimentarem dele. O website desapareceu, o perfil do Facebook idem, e a conta do Twitter vai soluçando mas não diz nada.
O mesmo se passa com a JSD Santo Tirso. O seu website/blog está inactivo há mais de 2 anos, a conta do Twitter há mais de 1 ano, e o perfil do Facebook só publica fotos dos seus dirigentes em Congressos e Conselhos.
Não se vê na imprensa ou em lugar algum uma intervenção política do PSD Santo Tirso, como partido. O que se vê, poucas vezes, são uns comunicados e umas notícias avulsas, publicadas em nome e interesse pessoal.
Mais uma confirmação de que o partido só vive para que os que se aproveitam dele possam ter do que se alimentar. Claro que a continuar assim, mais tarde ou mais cedo alguém irá sugerir a aplicação da eutanásia.
Vai daí, os vírus juntam-se todos de vez em quando e fingem um batimento cardíaco (leia-se Plenários e Eleições internas obrigatórias). Fazendo crer aos mais incautos que ainda há ali esperança de recuperação.
Um bom exemplo é o da última eleição, em que Andreia Neto assumiu a presidência. Colocando um risco nos recentes acontecimentos e dizendo que o acto “… é bem demostrativo da unidade do partido“.
Dizendo também, imagine-se, que essa unidade é “… em torno do projeto que orgulhosamente agora encabeço…” concluindo que isso lhes “… dá especial alento e motivação para cumprir os objetivos a que nos propomos“.
Sendo o objectivo continuar a alimentar-se de um corpo moribundo, sem dúvida que esta eleição ajudou. Ajudou a, como digo atrás, enganar os mais ingénuos. E a tentar fazê-los crer mais uma vez, que o PSD está bem vivo.
O cenário é tal que até vírus que já se pensavam extintos estão a voltar a aparecer. Gonçalves Afonso – que ainda há tempos dizia que Joaquim Couto era “uma figura passada e requentada e nada trará de novo” voltou ao activo.
Há 2 anos disse que se Couto fosse candidato o PSD teria “grandes hipóteses de ganhar“. Couto venceu, mas ainda assim Gonçalves Afonso não deixou fugir a oportunidade de ressuscitar e de se juntar ao banquete.
Quanto a unidade, Andreia Neto voltou a sublinhar numa das últimas edições do Jornal Entre Margens “Não há motivo algum para duvidar que o partido está unido“. Só se, para ela, o partido for o grupo de vírus que residem nele.
Caso contrário é muito difícil, até para os mais desatentos, acreditar na enorme falsidade que Andreia Neto proferiu. Há muitos motivos para duvidar que o PSD esteja unido. Alguns deles estão frequentemente escancarados nas páginas deste jornal.


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