Tsypras e o Syriza não querem acordo nenhum com a UE, a Alemanha ou outro qualquer país da zona Euro. O que está em curso nos últimos dias, com todas as viagens, visitas e reuniões é apenas e só uma encenação, que dará a Tsypras o argumento “nós estavamos abertos e tentamos… eles não quiseram“… “nós somos os bons… eles são os maus”.
Na verdade o que o Syriza quer mesmo é que a Grécia saia do Euro (o quanto antes) e, consequentemente, o caos social, económico e financeiro se instale na Grécia. Mas para se manter no poder e continuar a ter o apoio dos Gregos depois disso precisa de um bode expiatório, porque não quer naturalmente arcar com as responsabilidades de tal desastre.
É que estando no poder de forma legítima (depois de eleições, que o Syriza venceu há semanas) numa altura de caos social, económico e financeiro significa uma coisa: carta branca para tomar toda e qualquer medida. Iniciando dessa forma o pretendido… um sistema de democracia musculada, ou se quiserem, uma ditadura.
Cada um pensa o que quiser. O futuro dirá quem tem razão. Uma coisa é certa, a história dos factos não deixa mentir. Todas as ditaduras (de esquerda ou de direita) tiveram inicio em caos social (provocado pelas mais diversas razões – como fome, doença, falta de dinheiro…). E todos os ditadores que pretendiam chegar ao poder empurraram os países para essa situação, para depois se aproveitarem dela.
A meu ver, é exactamente isso que Tsypras e o Syriza estão a planear fazer… aliás, a levar a cabo.
Não sei se pretende instalar uma ditadura, mas é evidente que já criou um bode expiatório se este braço de ferro acabar mal.
Por enquanto ainda mantenho as minhas dúvidas sobre as intenções do Syriza, mas uma coisa é certa… o bode expiatório já criaram. Não creio que o melhor caminho seja esse, mas pelo menos, temos uma espécie de tubo de ensaio do que nos esperará caso o António Costa ganhe as eleições. Caso a Grécia caia num buraco sem fundo – o que desconfio será o desfecho mais provável – talvez isso impeça o PS de ganhar as Legislativas.
O António Costa perdoou a dívida do Benfica a pensar nos amigos e nos votos dos benfiquistas,fala tanto de pobreza, que esse dinheiro dava para os pobres de Lisboa,a pensar asim vai pôr tudo na bancarrota.