Já por mais de uma vez elogiei, aqui no meu blogue, o Diogo Vasconcelos. Um homem que – ao contrário do que estamos habituados nos responsáveis políticos ou empresariais portugueses – não está sempre a olhar para trás, mas olha permanentemente para a frente.
Este sábado que passou, deu uma entrevista à revista NS do jornal DN. Essa entrevista é de leitura obrigatória para todos aqueles que – ao contrário do típico portuga – ainda têm alguma esperança num futuro melhor, e acima de tudo estão disponíveis para fazer algo por isso.
Deixo aqui alguns trechos da entrevista, mas aconselho a leitura integral…
Em Where good ideas come from, Steve Johnson tenta encontrar essa resposta. E conclui que as boas ideias surgem quando diferentes intuições se confrontam. Como criar ambientes propícios a que tal aconteça? Um bom método é criar espaços para que gente com formações diferentes se encontre
[para ter sucesso] Entrar num mercado em crescimento, onde seja possível fazer algo de verdadeiramente novo. Saber explicar a novidade em poucos segundos. Escolher uma boa equipa, começar pequeno, controlar bem os custos e a tesouraria. Escolher clientes exigentes. Não é um sprint, é uma maratona.
Vale a pena planear. Os planos quase nunca se cumprem, mas ajudam a arrumar ideias, a identificar pontos francos, erros e objectivos.
Há dois tipos de inovação, a incremental e a radical. A primeira é fazer cada vez melhor, mais com menos recursos. A Europa é boa nisso. A segunda, significa inventar o futuro. Aqui, os americanos dominam.
Os programas de investigação europeus – cada vez mais burocráticos – favorecem as grandes empresas de hoje e ignoram as grandes empresas de amanhã. A prioridade europeia devia ser uma nova vaga empreendedora
Nenhum país é, à partida, demasiado pequeno ou periférico. Veja-se a Holanda, a Suécia, a Dinamarca: são países pequenos mas abertos ao mundo, com empresas líderes em múltiplos sectores, um ambiente favorável ao empreendedorismo e uma cultura de rigor, de aposta permanente na ciência, na inovação e na criatividade.
Estudar não é uma forma de obter emprego, é uma actividade indispensável e uma atitude permanente numa sociedade do conhecimento.
Não tenho direito a emprego nem ele é para toda a vida. Se não está disponível, devo poder criar o meu emprego. Quanto ao governo, o que tem feito é piorar a situação: massacra os recibos verdes com impostos, regulamenta até ao limite os estágios, não facilita a contratação nem reduz os custos do emprego para as empresas. Sem perspectivas de emprego, ou os desempregados criam o seu emprego ou emigram. A opção mais fácil para os mais qualificados e mais jovens é emigrar.
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