Os coveiros de Portugal bradam pelos seus subsídios

Manuel Alegre foi um dos 68 ex-deputados que pediram à Assembleia da República a atribuição da subvenção vitalícia e do subsídio de reintegração (…) Manuel Alegre passa a receber duas pensões do Estado (…) uma reforma de 3.219 € como aposentado da RDP (…) uma subvenção vitalícia superior a 2.000 € mensais.

Confrontado pelo Correio da Manhã Manuel Alegre disse “Eu recebo aquilo a que tenho direito“… queixou-se porque “tudo somado, agora recebo menos 500 € do que recebia” e ainda disse que “podia ter acumulado duas pensões a partir dos 65 anos e prescindi disso“.

Manuel Alegre tem direito – como faz questão de sublinhar – a que o Estado (i.e. os contribuintes portugueses) lhe pague um total de 5.000€ por mês! Isto apesar de ter desempenhado funções de “coordenador de programas de texto” na RDP durante “pouco tempo” (alguns meses), como o próprio reconhece.

Ainda assim, este ignóbil terrorista social teve a distinta lata de em 2006 dizer que a pensão que recebia era “quase uma insignificância” e vem agora em 2013 insurgir-se contra uma mais do que justa (diria mesmo obrigatória) medida do Governo que quer cortar a subvenção vitalícia dos políticos.

Espero que este post seja lido por muitos dos portugueses que neste momento fazem sacrifícios pelo país (principalmente aqueles quase 1 milhão que votaram neste senhor nas Presidenciais 2006). Espero também que tenham lido as notícias com as opiniões de Mário Soares, Jorge Sampaio, entre outros.

São estes os grandes patriotas. Os auto-intitulados pais da democracia. Os arautos do socialismo. Os representantes do povo português. Os defensores dos mais fracos… Os coveiros de Portugal!

#Presidenciais A candidatura de Manuel Alegre

O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita“. A candidatura de Manuel Alegre gerou muita polémica no seio do seu partido, que só lhe deu apoio oficial muitos meses depois de este a ter apresentado. O problema prendeu-se com o que Alegre fez na AR nos últimos anos, com o facto de ter avançado antecipadamente tentando condicionar o partido, e também por causa de ter sido desde logo apoiado pela esquerda radical do BE.

Alegre mostrou-se totalmente incapaz de gerir timmings e sensibilidades, bem como foi inábil no discurso ao longo deste processo. Curiosamente estas são algumas das capacidades que um PR terá de ter. Além disso, o poeta mostrou também uma enorme incapacidade para capitalizar o milhão de votos que teve em 2006. Mais, conseguiu desperdiçar muitos deles com as posições que tomou. Um político sagaz navegaria agora a onda desses votos em duplicado.

Mas se a fraca prestação política de Alegre não seria surpresa para os mais atentos, já a falta de honestidade intelectual e o recurso a ataque baixos surpreendeu muitos dos que lhe tinham respeito. É nas alturas más que se vê o verdadeiro carácter do homem, e Alegre chumbou neste exame. Quando se viu em dificuldades (por causa do insucesso da campanha e da falta de apoio do PS) desesperou e partiu para um discurso ignóbil.

O comentário sobre a morte de Saramago versus a morte de um Banqueiro foi das coisas mais desprezíveis que se viu na campanha. Nem Defensor de Moura conseguiu descer tão baixo. Nos últimos dias – admitindo que não tinha a informação toda – condenou as bastonadas e detenções da PSP num grupo de manifestantes desordeiros. Nunca pode ser Chefe de Estado e das Forças Armadas, um homem que não respeita as autoridades, e fala levianamente de assuntos tão importantes.

A segunda candidatura de Alegre transformou-se num fracasso e revelou um homem com “h” pequeno que não tem estatura intelectual ou moral para ocupar o cargo de Presidente de Portugal.