A JSD Santo Tirso é outra desilusão

Durante quase 10 anos militei na JSD. Durante esse período fiz parte de várias estruturas locais e regionais. Um dos meus objectivos era provar que a Jota não era o “braço armado” do PSD. Não servia apenas para fazer número em campanhas.

Na verdade a JSD tem sido, a nível nacional, a única Jota que de facto contribui para a discussão pública de temas importantes para os jovens e a sociedade em geral. Desde cedo se tornou independente do PSD, confrontando-o muitas vezes.

Foi também por isto que em 2004 formei uma equipa candidata à Comissão Política Concelhia da JSD Santo Tirso. Queria que a Jota se regenerasse e liderasse o debate político, transformando-se numa referência para todos os Tirsenses.

Quem venceu essas eleições foi a equipa de Carlos Pacheco, que ocupou os lugares da estrutura concelhia da JSD até à chegada de Rui Baptista. Em ambos, apesar de tudo, confesso que depositei algumas esperanças. Para fazer da JSD um farol.

A verdade é que a JSD Santo Tirso se limitou a seguir o PSD Santo Tirso. Não liderou o debate político, não se abriu à sociedade, não atraiu os jovens Tirsenses. Focou-se apenas nas actividades internas, onde participam sempre os mesmos.

Mas tendo em conta a forma como decorreu o processo de escolha do candidato Autárquico do PSD, eu esperava sinceramente que a Jota se levantasse e pusesse ordem na mesa. Ao invés, a Jota ficou em silêncio e o seu presidente foi conivente.

Fico mais uma vez desiludido. Desta vez com o presidente da JSD Santo Tirso, Rui Baptista. Ele que escreveu na sua mensagem “a JSD sem ti não faz sentido, sem os jovens, sem a ambição e irreverência que caracteriza a nossa geração não tem razão de ser“.

Cabe-nos a nós, jovens, lutar por um concelho, um país, um mundo melhor para todos. O futuro aos jovens pertence. Não vamos deixar que estes políticos de hoje hipotequem as gerações vindouras“. Palavras bonitas. Acções que não correspondem.