Quando se fala da possibilidade de o Governo aumentar o IVA logo começa a berraria acéfala. Uma coisa será certa e o Primeiro-Ministro já a referiu: a taxa normal do IVA não irá subir porque 23% já é demasiado.
O que o Governo prevê, é o que está acordado no Memorando de Entendimento. Passa por “Mover categorias de bens e serviços dos escalões reduzido e intermédio para os escalões mais altos do IVA“.
Claro que vários políticos demagogos e comentadores idiotas aproveitam logo para alardear com um “assalto injusto ao bolso dos portugueses“. Mensagem imbecil, mas que sabem ser fácil de passar e vender.
Sugiro a todos o seguinte: Na próxima vez que se deslocaram às compras no hipermercado, espreitem o carrinho das pessoas que passam. Vão poder constatar que a maioria estará cheia de produtos não essenciais.
O típico tuga leva carrinhos cheios de batatas fritas, bolachas, refrigerantes, doces, enlatados, congelados, revistas cor-de-rosa e um montão de coisas que não precisa, mas que está em promoção.
No outro dia estava ao pé do balcão do talho e à minha frente tinha 2 ou 3 pessoas. Curioso que nenhuma delas pediu bife para grelhar ou carne para assar. Pediam salsichas frescas, moelas e afins.
Da mesma forma, ao passar ao pé do balcão da peixaria, é habitual vermos o tuga a pedir sacos de camarão e outro tipo de mariscos e frutos do mar, como berbigão, mexilhão e afins, ao invés do peixe fresco.
Bem sei que há gente (eu sou um deles) que também gosta dessas coisas, mas no seu dia-a-dia compra pão, água, vinho, lacticínios, legumes, fruta ou produtos dietéticos/vegetarianos. Mas são uma minoria.
Confio que no Governo está gente com bom senso. E portanto não vai agravar produtos essenciais. Quem quiser a continuar a dar cabo da sua própria saúde, que pague mais. No final também gastará mais ao SNS.