Francesinhas em Lisboa – Parte II

Hoje aproveitei o jogo Real Madrid vs Barcelona para ir “em busca da Francesinha perdida em Lisboa”. Resolvi fazer esta minha segunda tentativa (a primeira foi esta, e correu mal) no Dom Tacho. Já tinha lido comentários positivos na internet, e também alguns amigos me tinham aconselhado.

A primeira impressão foi boa. Quando colocaram a Francesinha na minha frente o aspecto era positivo. Já das batatas não posso dizer o mesmo, estavam brancas. Delicadamente disse que não apreciava batatas fritas, que gostava de comer apenas a francesinha, e pedi para recolher a travessa.

A Francesinha estava morna. O pão tinha claramente estado congelado, o ovo estrelado estava quase cru, e o queijo pouco derretido. Mas em contrapartida o bife era de boa qualidade, a salsicha e linguiça eram saborosas. O molho tinha a consistência certa, estava picante q.b. mas o sabor não era “aquele”.

No cômputo geral a Francesinha não estava má, e soube-me bem. O 2º episódio do périplo na busca de uma boa Francesinha em Lisboa, correu benzinho. O ambiente é agradável (o local, perto do Campo Pequeno, também ajuda) e o snack (penso que não se pode dizer que seja um restaurante) é giro.

O serviço é excelente, o funcionário é muito atencioso. O dono é do Porto e veio falar-me. Conhecia bem Santo Tirso, das festas na Casa de Chá. Nomeou alguns conhecidos, na sua maioria meus familiares. Não me descosi, pois tinha pressa para ver a 2ª parte e percebi que era um bom falador. A repetir.

Francesinhas em Lisboa – Parte I

O ditado diz “Em Roma sê Romano” e não “Em Roma sê Transmontano“. Assim, por princípio não como Pudim Abade Priscos no Algarve ou Don Rodrigo no Minho. Não como Jesuítas em Lisboa ou Pasteis de Belém em Santo Tirso.

Desde que há 4 anos mudei para a Capital, me recuso comer Francesinhas. Para quem estava habituado a comer Francesinhas no Bufete Fase (no Porto), no Mata (na Póvoa de Varzim) ou no Olímpico (em Santo Tirso), é complicado…

Mas a saudade de uma boa Francesinha fala mais alto e por isso comecei a pesquisar na internet. Descobri alguns locais onde supostamente se comem boas Francesinhas e resolvi experimentar. Hoje fui à Pastelaria Ritz.

Quando o funcionário pousou a Francesinha à minha frente assustei-me. O molho (que normalmente é o mais importante) era trágico. Tinha uma cor castanha e um sabor a estrugido. Era tão mau que nem me atrevi a molhar as batatas fritas.

O bife estava duro e tinha mais nervos que um noivo em dia de casamento. Salsicha, linguiça e pão aprovados. A apresentação trazia uma azeitona na ponta de um palito. Oh senhores… isto não é uma sandwich club, é uma Francesinha!

Enfim, este 1º episódio do périplo na busca de uma boa Francesinha em Lisboa, correu mal. A Francesinha da Pastelaria Ritz está reprovadíssima. Em breve, cenas dos próximos episódios.