10 coisas que não devem estar no teu CV

Nos tempos que correm escasseiam as oportunidades de emprego, são demasiados os candidatos, e na maioria dos casos eles equivalem-se em termos de formação académica, experiência, etc. Torna-se por isso mais difícil conquistar um lugar numa empresa.

Para se ser escolhido é preciso destacar-se de alguma forma. Marcar a diferença em relação aos outros candidatos. Mas o problema muitas vezes é que nem sequer existe oportunidade para “brilhar” no cara-a-cara, porque nem se chega à fase da entrevista.

A 1ª impressão conta muito. É necessário portanto descobrir uma forma de fazer a diferença no pouco tempo que o recrutador olha para o Curriculum Vitae. E dizem estudos recentes que numa primeira “filtragem” esse tempo não ultrapassa os 6 segundos!!

O estudo, que avaliou recrutadores durante vários processos de recrutamento, mostra que nesse curto periodo de tempo, eles olham preferencialmente para: Nome; Empresa e Função/Posição actuais; última Empresa e Função/Posição; Formação e respectivas datas.

Sendo assim é extremamente importante ter um CV claro, objectivo, limpo. E esse é meio caminho andado para que nos ofereçam a oportunidade de “brilhar” numa entrevista presencial. Caso contrário recebemos o tal email “O seu CV ficou na base de dados…

Estou longe de ser especialista, mas tenho alguma experiência nestas coisas. Aliás, muita gente me tem pedido para criar, corrigir, ajustar, ou apenas opinar sobre os seus CV. Ultimamente tenho também sido chamado (profissonalmente) a avaliar alguns.

Não tentes convencer que estás muito interessado no emprego. Se concorreste é óbvio que estás. Doutra forma não tinhas sequer enviado o CV.

Retira as experiências profissionais irrelevantes. O part-time que tiveste quando andavas no liceu não interessa nada, até pode jogar contra.

Não menciones coisas pessoais como Estado Civil, Preferência Religiosa, etc. Aliás, hoje é até ilegal o recrutador fazer esse tipo de perguntas.

O CV não deve ser muito extenso. Isto pode ser complicado se tiveres muita experiência profissional, mas o recrutador não tem tempo ou paciência.

Esquece a lista dos teus hobbies. Isso não interessa nem ao menino Jesus e, que raio… isto não é o teu perfil do Facebook ou do Hi5.

Esconde o mais possível a tua idade. Claro que está na informação pessoal, mas mantem-no “longe da vista” para não seres descriminado pela idade.

Nunca escrevas o teu CV na terceira pessoa. Revela que podes não ter sido tu a fazê-lo e… Pelo amor de Deus, tu não és jogador de futebol.

As referências devem ficar de fora do CV. Se o recrutador achar que precisa ele irá pedi-las. E deverás querer avisar quando receberão o contacto.

Cuidado com o endereço de email que colocas. Tenho um amigo que usa o endereço “corpodanone@gmail.com”, só espero é que nunca o coloque num CV.

10° Nada de contactos profissionais! É perigoso e pouco ético. Vê lá se queres ser despedido e lembra-te que email/telemovel podem ser monitorizados.

Poderia George Clooney ser preso em Portugal?

George Clooney foi detido ontem em Washington, acusado de desobediência enquanto se manifestava em frente à embaixada do Sudão, contra a violência que o Governo tem exercido sobre o povo.

Obviamente foi tudo premeditado e combinado. O movimento usou a imagem de Clooney para ter mais impacto mediático. Naturalmente que tudo terá sido previsto pelos advogados do actor.

Não será dificil também acreditar que esta acção terá sido inclusivamente concertada com a policia, com os orgãos de comunicação social, e até com o Presidente Obama.

A minha questão é: seria isto possivel em Portugal? O que aconteceria se uma figura famosa fosse presa em Portugal por desobediência enquanto se manifestava? Eu digo-vos o que acontecia.

Os orgãos de comunicação social enchiam-se de noticias, reportagens, comentários e artigos de opinião indignando-se e berrando contra um atentado á liberdade de expressão e manifestação.

Iriam ser criados sites, blogues, grupos no Facebook e hastags no Twitter contra a policia e o governo, e a favor do famoso. Muita tinta iria correr e minutos iriam passar nos jornais e TVs.

Resultado? A verdadeira razão da manifestação seria esquecida e ultrapassada pelo “direito” ao “menino” quebrar a lei para se manifestar, e um sentimento de impunidade continuaria a reinar no pais.

Isto do Carnaval, vai acabar mal

Perante as dificuldades e a aplicação das medidas de austeridade, os portugueses estão sempre a exigir que o exemplo venha de cima. Hoje, o Governo deu várias vezes o exemplo.

O Governo tem dito aos portugueses que é preciso trabalhar mais, e por isso hoje o Governo trabalha e os funcionários públicos (que dele dependem directamente) também.

O Governo tem dito aos portugueses que é preciso ser coerente, e por isso hoje não deu tolerância de ponto, em linha com a medida decidida há dias de retirar alguns feriados.

O Governo tem dito aos portugueses que é preciso reconquistar o crédito internacional, e por isso queria que hoje a Troika não estivesse a trabalhar, enquanto os portugueses andavam a foliar.

Apesar disto, há muita gente contente pelo facto de muitas empresas e portugueses não estarem a trabalhar. Segundo eles isso prova o falhanço e a falta de autoridade do Governo.

Pois para mim só prova que os portugueses ainda não estão bem conscientes do que os espera. E de que as coisas ainda podem (e desta forma vão mesmo) piorar. Continuam irresponsáveis.

Neste país há indicações, directivas, leis (e outras coisas mais) dadas pelos Governos em funções. Há irresponsáveis que não as cumprem, e a culpa é da falta de autoridade do Governo?

Existe uma lei que obriga todos os cidadãos a pagar impostos. Quantos portugueses há que não os pagam? E a culpa é de quem? Do Passos Coelho? Queriam que ele enviasse o exército cobrar?

A desobediência da maioria dos portugueses a esta directiva de não fazer tolerência de ponto no dia de Carnaval só demonstra uma coisa: Para Portugal, as coisas podiam, e vão acabar mal.

Goodbye Lisbon, hello London!

Recebi há dias uma proposta para trabalhar em Londres e… aceitei. Era algo que procurava há cerca de um ano, e que desejava desde o início da minha carreira profissional. Assim, a partir de meados de Março, a minha vida passará a ser no Reino Unido. O meu desejo por uma experiência profissional no estrangeiro, […]

Sobre o #PL118, um pedido de esclarecimento

Caso o PL118 (que saiu da “barriga de aluguer” de Gabriela Canavilhas) avançasse, o dinheiro que seria extorquido aos portugueses iria para a SPA – Sociedade Portuguesa de Autores, e serviria para pagar a quem?

Iria a SPA distribuir esse dinheiro por autores como Zé Cabra, Homens da Luta, Carolina Salgado, e outros que escrevem pérolas literárias, como por exemplo “A queda de um anjo” sobre o Renato Seabra?

E os autores que noutros tempos fizeram obras de arte, mas que agora já não fazem? Também receberiam? É que de repente lembrei-me das Antilook (girls band formado por Luísa Beirão, Rute Marques ou Evelina Pereira).

Portugal é um enorme Costa Concórdia e teve um Schettino


Não entendo tanta indignação e revolta com o comandante do navio “Costa Concordia”, Francesco Schettino. Segundo o próprio confessou em tribunal, ele apenas quis fazer uma brincadeira, passando perto daquela ilha, para cumprimentar um amigo (também ele comandante de navios) que lá vivia. Para isso pôs em causa a segurança de 4.000 pessoas. Como se não bastasse, enquanto a manobra era feita, ele jantava no salão VIP do navio, acompanhado de uma bela mulher.

Ora, não foi isto que fizeram, os nossos governantes nos últimos anos? Para se recriarem, e aos seus amigos, puseram em causa o futuro de um país e o bem estar de 10 milhões de pessoas. Enquanto se construíam Estádios, Auto-Estradas paralelas Lisboa-Porto, SCUTs e TGVs, esses governantes jantavam nos melhores restaurantes do país, vestiam-se nos mais caros alfaiates dos EUA, faziam jogging pela manhã e frequentavam os melhores locais europeus.

As moscas e os tachos não são só na política


A propósito das recentes nomeações para uma das empresas do Estado, veio à baila novamente a conversa do “tacho” e das das “moscas” que são sempre as mesmas. Por vezes, até pode ser verdade, mas quem tem moral para criticar?

Dizem que na política são sempre os mesmos. No governo, na Assembleia da República, nas Empresas Públicas. Mas a verdade é que se passa exactamente a mesma coisa nos restantes sectores da sociedade portuguesa.

A começar por quem mais critica os políticos, os Comentadores. Há anos que são os mesmos apesar de não acrescentarem ou esclarecem algo. Marques Lopes, Adão e Silva, Clara Ferreira Alves, Daniel Oliveira, Marcelo Rebelo de Sousa.

Nos Sindicatos, que se desvirtuaram e hoje são autênticos braços armados dos partidos políticos, temos homens como João Proença e Carvalho da Silva há 30 anos! Mas também Bettencourt Picanço e companhia, noutros sindicatos.

E por falar em Corporativismo, já não enjoa na Saúde ver a cara do Francisco George ou do Eduardo Barroso? E na Justiça Pinto Monteiro, Cândida Almeida, Rogério Alves, José Miguel Júdice, Proença de Carvalho, Moita Flores.

Mas também na Música são sempre os mesmos. Qualquer programa musical de TV tem de ter a Simone, o Fernando Tordo, o Paulo de Carvalho ou o Fernando Mendes. Só não aparece o Zeca Afonso e a Amália porque já morreram.

Se passarmos à área da Representação, mesmo com o boom de actores da era Morangos com Açúcar, parece que só existem a Eunice Muñoz, o Nicolau Breyner, o Tozé Martinho, o Herman José, o Virgílio Castelo ou a Alexandra Lencastre.

O Desporto não é diferente. É só futebol e as mesmas caras: Gilberto Madaíl, Pinto da Costa, Valentim Loureiro. E quanto a atletas é só Eusébio, Figo e Ronaldo. No meio de tanta bola aparece por vezes a Rosa Mota.

No mundo dos Negócios apenas interessa ouvir os banqueiros Ricardo Salgado, Fernando Ulrich e Santos Ferreira. Ou então os “génios” que sustentam o seu sucesso no monopólio que têm: Zeinal Bava, António Mexia ou Ferreira de Oliveira.

Mas não acaba aqui. Na área Militar parece só haver um especialista, o General Loureiro dos Santos. Na Arquitectura a dupla Siza Vieira / Souto Moura, e o resto é paisagem. Na Pintura é Paula Rego e nada mais.

Mas nós gostamos e continuamos a alimentar este “sistema dos mesmos”, que foi precisamente o que nos trouxe até aqui. É que o país não está mau só de Finanças. Basta olhar para as áreas que referi e ver como estagnamos há anos.

A sociedade portuguesa (principalmente a comunicação “dita” social) cultiva este “sistema dos mesmos” e nunca deu espaço para a renovação. Mas no final de contas, os políticos é que são os únicos maus da fita.

Opinião: Santo Tirso continua na ilusão de Sócrates

Artigo de opinião que escrevi para a edição de Novembro 2011 do jornal “Notícias de Santo Tirso”.

Toda a gente já está consciente da crise que o país atravessa, e já sente na pele as dificuldades que se esperam nos próximos tempos. Como se costuma dizer, o povo só ouve nas orelhas, e assim foi. Só quando começou a sentir no bolso a crise, é que acordou. Pouco tempo antes, já com o país a caminho do abismo tinha reeleito o louco maquinista do comboio desgovernado.

Ao contrário do resto do país, em Santo Tirso parece continuar a viver-se a ilusão. A tal ilusão que se viveu nos últimos anos do “consulado” de José Sócrates. Não será por acaso que isso acontece no nosso, já de si definhado, concelho. O maquinista do comboio Tirsense idolatrava e imitava o outro louco maquinista que trouxe o país até esta situação de pré-bancarrota.

Ouvimos há pouco tempo ser anunciado, com pompa e circunstância, o contrato assinado entre a CMST e os arquitectos Siza Vieira e Souto Moura para a execução de dois projectos de requalificação dos Museus do concelho (Abade Pedrosa e Escultura Contemporânea). Estes são dois dos mais conceituados arquitectos do mundo, e consequentemente, dois dos mais caros.

Numa altura em que todas as pessoas, empresas, entidades, instituições, organizações – públicas ou privadas – são obrigadas a cortar no acessório para poderem manter o essencial, o anúncio desta obra é uma afronta. Num concelho cada vez mais enfraquecido, com o desemprego a aumentar, as empresas a fechar, as condições de vida a degradarem-se, a CMST continua a aposta em obras dispensáveis.

Isto acontece porque, tal como José Sócrates fazia, Castro Fernandes também prefere (e não preferiu sempre?) governar para a política espectáculo, com obras para inglês ver, do que para o cidadão Tirsense. Exemplos disso são as constantes obras de requalificação do centro da cidade (que sempre foi bonito e não precisava de tantas remodelações) enquanto nas 24 freguesias se vive quase no século XIX.

A aposta na requalificação dos museus é prioritária? É um investimento com retorno? Quantos visitantes têm anualmente? Atrai turistas à cidade? Não me parece. Aliás, bom exemplo disso é o Centro Interpretativo do Monte Padrão, que custou 500.000€, e tem 3.900 visitantes/ano. Um valor irrisório. Aliás, na sua maioria os visitantes vêm de “visitas de estudo” das escolas, ou seja, não pagam.

De resto, e em relação aos Museus do concelho, há muitas questões que se levantam. Alguém nota mais-valias no facto de existir, por exemplo, um Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre? A julgar pelo facto de a maioria das obras estar vandalizada e graffitada, nem a CMST se preocupa. E poderão as obras de requalificação ou o novo edifício estragar a envolvência do Mosteiro?

O executivo da CMST faz exactamente como o Governo Sócrates. Numa altura de extremo aperto, continua a agir como se fossemos ricos. Já não bastam as desnecessárias obras da Praça Gen. Humberto Delgado (1,5 M€), do Percurso Pedonal das Margens do Ave (4,5 M€), ou da contribuição (doação do terreno e 200 m€) para o novo quartel dos Bombeiros Vermelhos (também desenhado por Siza Vieira).

O Cine-Teatro é mais uma prova de que o Presidente da CMST tem as mesmas “paixões” de Sócrates. Tal como o ex-PM, o Presidente da CMST orgulha-se da PPP que fez. Diz diz que a CMST não gasta um tostão nas obras do Cine-Teatro porque se trata de uma PPP. Mas esqueceu-se de dizer que os privados fazem a obra e depois recebem uma renda. Quem paga a renda, quanto custa e por quantos anos?

Se eu liderasse os destinos de um concelho moribundo como Santo Tirso, era incapaz de andar a gastar dinheiro dos contribuintes em obras secundárias, e tinha vergonha de esbanjar em viagens a cidades geminadas ou em concertos à borla. Haja moral, decência e respeito pelos Tirsenses. Invista-se tempo e dinheiro em prol das gentes de Santo Tirso.

Mensagem/esclarecimento aos #indignados (parte II)

Quem me conhece já me ouviu com toda a certeza dizer isto. Esta é uma pequena frase que, para mim, descreve bem o que se passa em Portugal. Quem a proferiu foi Aristóteles.

“O preço a pagar por não te interessares por política, é seres governado pelos teus inferiores”

Muitos dos indignados alhearam-se da política durante anos. Não quiseram participar (e é disso que se trata a Democracia) e deixaram isso nas mãos dos outros. Agora queixam-se.

Preferiram a praia, o centro-comercial, o conforto da sua vidinha. Foram egoístas, esqueceram-se que vivemos em sociedade, e temos de ser solidários uns com os outros. Agora berram.

Desvalorizaram o bem geral e pensaram que o seu próprio bem era suficiente. Julgaram que tudo estava bem desde que tivessem o seu automóvel, o seu smartphone, as suas férias. Agora esperneiam.

Mensagem/Esclarecimento aos #indignados do #15o

Estão indignados? Querem mudar o estado de coisas? Juntem-se aos partidos ou criem movimentos políticos. Façam sessões de esclarecimento. Lutem pelas vossas ideias e ideais. Apresentem-se nas campanhas eleitorais. Vão a votos.

Isto é Democracia! Na nossa Democracia só através de um partido/movimento político se pode chegar ao Governo. Não é possível fazê-lo como independente ou de qualquer outra forma. Estão preocupados? Estão descontentes?

Então respeitem as suas regras e participem na Democracia. A alternativa é a ditadura (de esquerda ou de direita) ou a anarquia.