Visão, Capacidade, Reputação, Sucesso

No seguimento do post anterior, deixo ficar aqui os vídeos da brilhante participação de Rogério Carapuça (fundador e Presidente da Novabase) no “Prós e Contras” de 26 Out 2009:

1ª parte
2ª parte

E repito também a não menos brilhante participação de José António Salcedo (fundador e CEO da Multiwave Photonics) nas Jornadas Parlamentares do PSD em 23 Nov 2009:

1ª parte
2ª parte

Isto é que são homens com visão e capacidade, gestores conceituados, empresários com sucesso. Quem dera que algum dia Portugal os chamasse (e a outros que por aí andam) para governarem o país.

Para ver e rever…

Hoje, em vez de perder o meu tempo a ver o “Prós e Prós” na RTP, sobre mais um assunto que apenas me deprime (caso Face Oculta), resolvi aproveitar para ver a brilhante participação de José António Salcedo nas Jornadas Parlamentares do PSD. Salcedo é amigo pessoal da minha família e foi o melhor professor que tive na faculdade. É um génio e um grande empresário.

José António Salcedo é fundador e CEO da Multiwave Photonics e esta sua intervenção deveria ser vista e revista por todos aqueles que estão à frente dos destinos do país, por todos os que estão à frente das empresas, por todos os cidadãos que têm a responsabilidade de dar um futuro a Portugal.

Deixo aqui alguns excertos da intervenção, para levantar um pouco o véu:

O Estado deve num extremo legislar, no outro fiscalizar e no centro ser catalizador e pouco interventor

Criar uma malha de PME onde os empresarios criam produtos e serviços amarrados à sua massa cinzenta porque só aí é que está valor acrescentado

A India envia 100.000 estudantes por ano para universidades americanas, e 95.000 regressam, a China tem uma política semelhante […] Portugal importa serventes da construção civil para as obras públicas

Sistema de ensino tem de ser exigente, baseado no mérito e na experimentação. Não pode ser simulado, baseado em modelos sociológicos e pedagógicos inventados dentro do ME

Devemos afastar o Estado das intervenções executivas na economia, e temos exigir que fiscalize e puna os crimes

O ensino superior não deve ser um direito de todos, deve ser um privilégio, para aqueles que têm capacidade para lá estar

O dinheiro do Estado não é público, é nosso !!

Que grande coincidência… ou não

A propósito da notícia de que o TC chumbou as concessões de duas novas AE, uma delas adjudicada à Mota-Engil, liderada pelo ex-Ministro socialista Jorge Coelho…

Mota-Engil é a construtora com mais obras nas novas concessões rodoviárias

Depois admiram-se quando Medina Carreira diz que “este país é um grande BPN

Mais um “chico-esperto”

Operação Face Oculta: Armando Vara constituído arguido

Vara descobriu mais cedo que alguns, que sendo um “chico-esperto” poderia chegar mais longe neste país. Prova disso é a sua chegada ao Governo depois de muito cacique dentro do PS, a licenciatura em Relações Internacionais na famosa Univ. Independente 3 dias antes da nomeação para a administração da CGD, ou a promoção ao escalão máximo de vencimento 6 semanas depois de ter entrado na administração do BCP.

Em Portugal, infelizmente, casos como este eram raros e agora são mais que muitos. E são este tipo de coisas que nos estão a levar para o abismo. Os níveis de corrupção e pouca vergonha estão prestes a chegar aos sul-americanos.

O pior é que nenhum de nós mexe uma palha ou se indigna com este tipo de situações. Porquê? Porque o que queremos não é acabar com isto, é simplesmente fazer parte. Para disfarçar, vamo-nos indignando com Vale e Azevedos e companhia. Esquecemo-nos é que estes nunca tiveram um cargo público e aqueles estão fartos de os ter e de se aproveitar deles para enriquecer iliciatamente e brincar com o nosso dinheiro e futuro.

O país dos “chicos-espertos”

Mais um filho, que trabalha na empresa liderada pelo pai, que foi nomeado para o cargo pelo primeiro-ministro, mas que obviamente contratou o filho pelo mérito, e nunca por qualquer tipo de cunha, por isso a ética nunca se pôs, porque as capacidades do mesmo dissipariam quaisquer dúvidas.

Mas no final o filho vê-se envolvido num escândalo de corrupção, que envolve a empresa liderada pelo pai, e outras para as quais trabalha, e que vai-se a ver e são do primo, ou do cunhado, ou do amigo de faculdade.

E assim vai este país, à beira mar plantado (prestes a afogar-se) que um dia alguém disse – e muito bem –  ser dominado por “chicos-espertos”. Mas pudera, quando somos governados por pessoas desta estirpe…

Isto é um negócio

Isto não é nenhuma medida do Governo no sentido de desenvolver capacidades nas crianças para a nova sociedade de informação. Isto não é nenhuma solução política para implementar o “plano tecnológico”. Isto é pura e simplesmente um negócio.

Há crianças que ainda nem sequer tiveram acesso ao Magalhães (1ª versão). Há escolas e professores que ainda não conseguiram adaptar o seu programa e a sua forma de dar aulas ao mini-computador. A versão original do Magalhães tem pouco mais de um ano. E já vem a JP Sá Couto (quiçá com o apoio do Governo) “impingir” uma nova e mais cara versão (MG2) do computador.

Paga o justo pelo pecador

Haverá país mais desenvolvido e justo do que aquele em que o bom cidadão paga pelo que o mau cidadão faz? Ou será esse país, um país de 3º mundo? Já o disse em outras ocasiões: Portugal por vezes parece o país mais desenvolvido do continente africano, a seguir à Africa do Sul.

Os portugueses vão passar a pagar mais 2,9% na factura da electricidade. Há anos que vemos os salários congelados ou a subir abaixo da inflação. E depois vemos outras coisas, como a electricidade, a subir acima dessa mesma inflação. E porquê?

Porque vamos pagar as habilidades dos chicos-espertos: 1º vamos pagar as dívidas de quem consome energia e não paga. 2º vamos pagar a visão estratégica (ou não) de alguns políticos.

Quanto ao 2º ponto, eu concordo que se invista em energias renováveis, sou totalmente a favor. Mas sei que neste momento não são rentáveis. Por isso deveria ir-se apostando aos poucos e cobrindo as despezas dessa aposta com os lucros que se geram com o outro tipo de energia. Por outro lado, sou apologista (e não sou o único) que se pense na possibilidade de construir uma central nuclear em Portugal.